Por Ângela Roman (Projeto Comunica/UFFS-Realeza)
Alunos concentrados na palestra de tecnologia de lácteos ministrado por Willian Terroso. |
Na tarde da quarta-feira, dia 16 de setembro, o I Simpósio Multidisciplinar da Universidade Federal da Fronteira Sul – I SIMUFFS – abriu espaço para a tecnologia de produtos lácteos através de palestra ministrada por Willian Terroso de M. Brandão. Willian é mestre em tecnologia de alimentos e professor de tecnologia em alimentos da UTFPR - Medianeira. A palestra teve grande participação dos acadêmicos, principalmente do curso de Nutrição, Medicina Veterinária e Licenciatura em Ciências.
O enfoque dado foi aos benefícios que as bebidas fermentadas propiciam ao metabolismo humano, bem como à formação dessas bebidas através dos microorganismos envolvidos e dos ácidos lácteos que, com suas características próprias, dão às mesmas as suas particularidades.
Em um primeiro momento, o Professor contextualizou como a fermentação se introduziu e a sua longa trajetória no cotidiano. Apresentou as propriedades dos leites fermentados, para que, assim, houvesse maior compreensão dos participantes no tema a ser discutido.
Segundo o professor, os ácidos lácteos são responsáveis pela conservação do produto e contribuem para o sabor. Além disso, melhoram a digestão, selecionam e retêm microorganismos indesejáveis, salientando, com isso, a importância da ingestão de bebidas lácteas. Lembrou que a qualidade final é recorrente do ambiente de manipulação e de armazenamento. Sendo assim, são necessários muitos cuidados para que o resultado não seja alterado de forma negativa, comprometendo a seguridade e a qualidade.
Uma nova possibilidade foi levantada pelo palestrante: a manipulação do soro do leite, após a fabricação de queijo, visto que o queijo permanece com inúmeras propriedades de quando in natura. Essa alternativa simplesmente diminui o percentual de gordura que, a princípio, é um gradiente favorável, abrindo espaço para avançar na tecnologia de lácteos de baixo custo e ambientalmente correto, pois a maioria das laticínios não manipulam por não ter tecnologia nem estudos na área.
Segundo Mayane Faccin, acadêmica do curso de Medicina Veterinária, a palestra foi extremamente proveitosa, integrando as diversas áreas tanto de Medicina Veterinária como de Nutrição. A estudante ressaltou a viabilidade econômica e ambiental da manipulação dos derivados de soro.
Ao finalizar a sua palestra, o entusiasmo dos acadêmicos era aparente, pois tiveram a possibilidade de estudo em uma área que ainda não foi explorada em pesquisas acadêmicas.
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