sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Seminário discute a implantação de mestrados e doutorados

Professores se reúnem para discutir a implantação dos programas de pós-graduação Stricto Sensu para 2012.



Por Josiane Ribeiro
(Projeto Comunica/UFFS-Realeza)


       Durante os dias 23 e 24 de setembro foi realizado no campus sede da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Chapecó, o Seminário “Plano de Desenvolvimento da Pós-Graduação Stricto Sensu”, que contou com a presença dos 66 doutores da UFFS juntamente com 10 professores que estão concluindo o doutorado. Durante os dois dias foram realizadas várias reuniões e duas palestras, uma ministrada pelo reitor da UFFS, Dilvo Ristoff, que falou sobre “A Pós-Graduação Stricto Sensu no contexto da consolidação da UFFS”, e outra com a pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Maria Lúcia de Barros Camargo, cuja fala foi desenvolvida em torno das “Perspectivas e Desafios da Pós-Graduação da UFFS”.
       Realeza foi representada por seus doutores juntamente com o diretor do campus, João Alfredo Braida, graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor em Ciência do Solo pela UFSM, sendo que parte de seus estudos foi desenvolvida na Universidade de Kiel, Alemanha.
       Em entrevista realizada no dia 28.09.10 em sua sala de trabalho, Braida repassou ao Comunica informações advindas do Seminário:

Comunica: Nos dois dias foi discutida a implantação da pós-graduação na UFFS, quais são as perspectivas para essa implantação?


Braida: Nós trabalhamos hoje premidos por duas questões, uma é o que a universidade gostaria de fazer dentro de um tempo adequado para discutir a pós-graduação, então imaginávamos que isso poderia ser feito sem pressa nenhuma, tratar primeiro da implantação dos cursos de graduação e à medida que isso fosse acontecendo se discutiria a implantação dos cursos de pós-graduação, sem uma pressa muito grande. A questão é que o MEC está sinalizando que vai editar uma portaria e que vai antecipar esses prazos, então a universidade hoje está sob a “ameaça” de que tenha que abrir ao menos três mestrados até o ano de 2013, por isso a pressa, porque começa a surgir uma portaria do MEC que vai nos exigir a aprovação de três mestrados e um doutorado até o ano de 2013, totalizando quatro mestrados e dois doutorados até o ano de 2016.

Comunica: Na ideia inicial do projeto está previsto como objetivo que, em 2012, já sejam implantados os cursos de pós-graduação?


Braida: É. Por conta desta portaria do MEC que está para sair, para que tenhamos certeza que em 2013 vamos estar dentro das exigências de três mestrados e um doutorado nós, obrigatoriamente, precisaríamos estar iniciando os nossos mestrados já em 2012. Por isso nos reunimos na semana passada em Chapecó, e que a partir de um diagnóstico inicial sobre o corpo docente da universidade e sobre aquilo que a universidade entende como áreas prioritárias, a gente estabeleça um plano de trabalho, portanto, foram indicadas sete áreas das quais a proposta é que já em 2011 a gente submeta cinco projetos de mestrado tentando iniciar com alguns deles em 2012.

Comunica: Está sendo feita uma análise da região para a escolha de quais cursos serão implantados? Já está sendo feita essa escolha ou ainda não?


Braida: Os cursos que estão sendo apontados hoje, eles têm uma relação com todo o processo de discussão da universidade e também com a COEPE (Conferência de Ensino Pesquisa e Extensão), então essas proposições estão relacionadas a demandas regionais, é por isso que dentre os cursos propostos estão o mestrado em agroecologia, uma proposta de mestrado em educação, especialmente na área de formação de séries iniciais, uma proposta de mestrado na área de energias renováveis, um mestrado em desenvolvimento regional, porque a questão toda é o desenvolvimento nesta região, um mestrado em história e outro em tecnologias da inovação. São áreas que têm relação com a história da universidade e com as demandas regionais.

Comunica: Qual dos estados seria inicialmente privilegiado com os cursos ou todos serão?

Braida: Na verdade ainda não foi feito um debate sobre onde estarão estes cursos de mestrado, mas a intenção é que esteja distribuído entre os diversos campi. O que vai determinar muito isso, nesta fase inicial, é que campus tenha o maior número de professores doutores capaz de suportar ou de sustentar a uma proposição. Por exemplo, aqui em Realeza há um grupo de doutores que está pensando seriamente em apresentar uma proposta, que não estava no plano inicial, de um mestrado na área de produção de alimentos que vincule principalmente os cursos de nutrição e de veterinária. Se essa proposta for aprovada, certamente será aqui em Realeza. Uma proposta de agroecologia dificilmente será aqui, possivelmente em Chapecó ou talvez Laranjeiras do Sul que é onde tem um corpo docente com capacitação nessa área. Na verdade não foi feito um debate, a única coisa que temos clareza hoje é que não será concentrado no campus sede, vai ser tentado distribuir entre os diversos campi da universidade.

Novidades

       O MEC aprova o estatuto da universidade. Segundo o professor João Alfredo Braida, nos próximos dias, será iniciada uma discussão para a eleição do conselho universitário e do conselho do campus, ambos contam com a presença dos representantes dos professores, técnico-administrativos e dos estudantes, por isso é importante nesse momento que todos acessem o site da universidade (http://www.uffs.edu.br/), leiam o estatuto e já tenham em mente quem serão os possíveis representantes.
       Braida também informou em primeira mão que “a partir de agora, o quem tem impacto importante para o campus e para os acadêmicos, é que a universidade conseguiu fechar o contrato de serviço de ônibus e micro-ônibus para aulas práticas e viagens de estudo. Isso foi acertado ontem (27/09/2010), e o contrato será assinado possivelmente essa semana e provavelmente na próxima semana vai sair uma normatização de como as turmas poderão se organizar com os professores para utilizar esse serviço.” 


Prof. Dr. João Alfredo Braida,
diretor do campus de Realeza.


 

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