terça-feira, 19 de abril de 2011

Fitoterapia para animais

Trabalho acadêmico busca investigar o uso de fitoterápicos nas propriedades rurais de Realeza

Por Vanessa Pagno

No início deste primeiro semestre de 2011, acadêmicos do curso de medicina veterinária da UFFS receberam do professor Dr. Adolfo Firmino da Silva Neto uma proposta de aulas práticas, para a disciplina de Iniciação à prática científica. Essa proposta consiste em um desafio aos alunos, no qual eles mesmos terão que desenvolver um projeto de pesquisa.

O professor Adolfo salienta que um aspecto fundamental da pesquisa, que não pode ser negligenciado, é a formulação de uma pergunta inicial, que servirá como guia para o projeto. "A partir da criação dessa pergunta científica, começou-se um estudo dos diferentes modos de elaborar pesquisa. Essas práticas ajudam o aluno a entender a dimensão e o conteúdo da disciplina, auxiliando em sua formação”.

Nesse trabalho, estão sendo desenvolvidos vários temas de pesquisa, entre eles está o de fitoterapia de animais, investigado por cinco acadêmicos da primeira fase do curso de medicina veterinária (Josiane Gaggiola, Maria Luiza Bassanesi, Luana Bombana, Juliana Geraldi e Jean Boesing), com o auxílio do professor Dr. Valfredo Schempler.
A fitoterapia consiste na utilização de diferentes ervas medicinais no tratamento de diversas doenças. Diante da carência financeira, ela seria uma alternativa viável para a maioria dos pequenos produtores rurais. Outra vantagem para esses produtores é que há uma grande diversidade dessas ervas, o que facilitaria o uso dessa técnica de tratamento. Diante da importância da fitoterapia e da escassez de pesquisas em medicina veterinária sobre esse assunto, fato destacado pelo professor Valfredo, torna-se necessário estudar essa técnica.

Para a pesquisa, os acadêmicos estão realizando um levantamento de dados por meio de um questionário, no qual a pergunta inicial é: “quais as plantas medicinais utilizadas por produtores como fitoterápicos no tratamento de animais, em Realeza-Paraná". O grupo já realizou visitas a produtores rurais da cidade, que responderam ao questionário. O que se observou, nas respostas dos produtores, foi que há pouco uso desses fitoterápicos. Em geral, opta-se por medicamentos, pois têm resultados mais rápidos, embora o custo seja maior.

A partir dessa pesquisa, pretende-se ter o conhecimento sobre quais plantas medicinais podem ser usadas, entender como usá-las de forma adequada e, posterioremente, instruir os produtores rurais sobre a utilização dessas plantas no tratamento de doenças. Além disso, um outro objetivo é divulgar os resultados encontrados em revistas científicas, ou outros meios de comunicação, com o intuito de levar esse conhecimento sobre o uso de plantas medicinais a outros, resgatando, assim, a cultura popular, para que ela não se perca.

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