Maiara Vissoto/ Acadêmica UFFS
Novembro para início da segunda noite de atividades
Por Jéssica Pauletti e Willian Moura (Ciências Naturais/UFFS)
Criado em 2007 pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) tem como um dos seus grandes objetivos o incentivo às licenciaturas. Podem participar do programa instituições de educação superior públicas, filantrópicas, confessionais ou comunitárias. O programa possui inúmeros objetivos dentre os quais destacamos: valorização da formação docente; inserção dos acadêmicos ainda não formados no contexto escolar; melhoraria na formação do licenciando; aproximação da instituição superior com a escola em nível fundamental e médio.
Maiara Vissoto / Acadêmica-UFFS
Casa da cultura ficou lotada na abertura do I Seminário do PIBID/Realeza
No dia 28, a Profa. Dra. Márcia Borin da Cunha, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), ministrou a palestra “Ser ou estar professor?”, na qual discutiu o papel fundamental do professor na sociedade. Além disso, um aspecto que a palestrante destacou durante sua fala foi a importância da construção da identidade do professor. O professor precisa criar a sua própria identidade, começando pela sua valorização diante das demais profissões. Além disso, o professor precisa ter uma posição política frente à sua profissão, querer inserir-se no mundo como agente de mudança. A construção da identidade é um processo complexo de percepções e reflexos de experiência da história tanto pessoal quanto profissional, que também merece momentos de reflexão sobre o seu ensinar e aprender. Assim, entende-se que a identidade é, segundo a professora Márcia, construída pelo conhecimento científico e pedagógico e também pelas experiências pessoais e profissionais. Interessante destacar que o professor Clóvis Butzge, depois da palestra, chamou atenção para o fato de que também a percepção política do professor faz parte desta construção de identidade.
Na segunda noite, a Profa. Ms. Karina Worm Beckmann, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), proferiu a palestra “O PIBID e o incentivo às licenciaturas”, na qual abordou a importância do PIBID, destacando seus vínculos com o ensino, pesquisa e extensão dentro da universidade. A palestrante ainda elencou algumas dificuldades que o projeto enfrenta na UNICENTO e as perspectivas que o mesmo tem naquela instituição. Por fim, a professora relatou a forma como os campi da Unicentro, de Guarapuava e Irati, desenvolvem seus subprojetos. Ela destacou algumas ações desenvolvidas pelos pibidianos daquela instituição. Dentre essas ações, ela mostrou exemplos de oficinas que, na sua maioria, usam materiais de baixo custo. Além disso, ela mostrou as atividades simples que são desenvolvidas, com u uso desses materiais, para trabalhar nas diversas disciplinas. O que podemos destacar na palestra dela é que o PIBID está cada vez mais crescendo e isso é uma forma de valorizar a formação docente, bem como melhorar a educação brasileira.
Nas duas noites, após as palestras e discussões entre palestrante e a plateia, houve a apresentação dos dois subprojetos do PIBID: Letras e Ciências Naturais. As falas foram voltadas para a demonstração de como o projeto está funcionando, destacando como as aulas acontecem, qual é seu direcionamento, bem como elencaram os resultados obtidos até agora tanto no que se refere à formação dos bolsistas quanto no que se refere aos impactos que os subprojetos estão gerando nas escolas.
Maiara Vissoto/ Acadêmica UFFS
Pibidianos de Letras, da esquerda para a direita Débora, Josiane, Alceni e
Luciéli, reunidos no término da primeira noite do seminário.
André Pimentel / Comunicação UFFS
Alguns dos Pibidianos de Ciências, supervisores e coordenadores reunidos
no término do I Seminário do PIBID / Realeza
Para saber como o evento foi avaliado pelos participantes, o Comunica solicitou a alguns presentes que respondessem a seguinte pergunta: “O que você achou do I Seminário do PIBID/ Realeza?”
A professora do ensino médio, Roberta Poliana Sordi de Oliveira, deu a seguinte resposta: a palestra do primeiro dia com o tema “Ser ou estar professor”, destacou a diferença de cada profissional, aquele que é professor, e aquele que está professor. A problemática da realidade desta profissão professor. Já a segunda palestra trouxe informações sobre o programa PIBID, o conhecimento do empenho das pessoas integrantes do projeto, em função de promover e cooperar para efetivar a educação de qualidade que as instituições “escolas” buscam. Também proporcionar aos alunos de graduação o contato com a realidade da prática docente. É também importante parabenizar a universidade pela iniciativa de divulgar a importância de valorizar a educação e as licenciaturas.
O Comunica também ouviu uma aluna do Ensino Médio da formação docente - Jeisy Keli Schirmann – que observou: a parte mais importante foi o incentivo à docência, formar professores é muito fácil, o difícil é formar docentes capazes de exercer seu magistério com sabedoria. O I seminário estava muito bem organizado, com palestras interessantes e assuntos bem elaborados, mostrando o trabalho dos pibidianos, os quais desenvolvem um ótimo trabalho em sala de aula. O tema licenciatura abrange várias ramificações, pois faz com que nossos alunos ingressem no caminho da docência, assim incentivando a licenciatura.
O professor da UFFS, Bruno Patoriza, destacou que este encontro marca uma oportunidade ímpar de comunicação e diálogo, considerando os espaços disponíveis para se falar sobre a docência, fora aqueles tomados na universidade. O primeiro seminário do PIBID ratifica a crescente preocupação com o ensino e talvez aquilo que mais me anima, leva à comunidade o papel da universidade: ensino, pesquisa e extensão. Além disso, permite o fomento à formação docente, qualificando desde a formação inicial, até continuada dos nossos professores e futuros professores da educação básica.
Além destes, também registramos o ponto de vista do estudante da 1ª fase de Ciências Naturais, Airton Christmann: pois bem, em minha humilde opinião como estudante do curso de ciências da primeira etapa, vejo que o seminário serviu para que nós pudéssemos conhecer o que vem a ser o PIBID, como foi pensado, como funciona na prática e como é o trabalho nas escolas. A reflexão em torno da formação profissional do professor, do ser e estar professor me permitiu abrir um novo horizonte em torno de toda formação profissional nas mais diversas áreas e como ela se aplica no trabalho. (…) visualizei as dificuldades, limitações e ao mesmo tempo o que significa ser professor na sociedade atual. Gostei muito do seminário, da dinâmica de repasse de informações e ao mesmo tempo o testemunho dos bolsistas que já estão atuando nas escolas, uma preparação antecipada e de importante papel para o processo formativo dos novos profissionais da área da educação.
Com todos esses depoimentos, vemos o quão extraordinário foi o I Seminário do PIBID/Realeza, os pareceres de cada entrevistado demonstram a verdadeira essência do que é ser professor. Todavia vale destacar cada vez mais a importância e a excelência dos debates e discussões acerca dessa profissão tão fantástica que é a do Professor. Que venha o próximo seminário.
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