Acadêmicos das 3ª e 5ª fases do Curso de Letras fazem viagem de estudo para a Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Por Eduardo Alves dos Santos (Letras Português e Espanhol/ UFFS)
Entrar em contato com um ambiente de bilinguismo e estudá-lo. Foi esse o principal intuito dos acadêmicos de Letras da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza que se deslocaram do campus até a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Os acadêmicos acompanhados pelos professores da área de língua hispânica Marcos Roberto da Silva, Ana Carolina Teixeira Pinto e Marilene Aparecida Lemos saíram do Município de Realeza rumo à cidade de Foz do Iguaçu às 6h00 do dia seis de junho, dia anterior ao feriado de Corpus Christi.
Como acadêmico da 5ª fase do Curso de Letras, pude representar o Projeto Comunica Realeza nessa viagem e dessa forma agora vos passo o que de principal aconteceu nela. Primeiramente, os acadêmicos já saíram de Realeza com um plano de viagem pré-estabelecido pelos professores responsáveis pela viagem. DestSa forma, puderam aproveitar consideravelmente o tempo de cada atividade proposta pelos professores. Ao todo, foram três cidades em três países visitadas pelo grupo: Foz do Iguaçu no Brasil, Puerto Iguazú na Argentina e Ciudad del Este no Paraguai.
Antes de sair rumo à fronteira, os estudantes fizeram algumas pesquisas a respeito de um projeto de ensino bilíngue, intitulado Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira (PEIBF), desenvolvido em parceria entre o governo brasileiro e o argentino. Juntamente a essa pesquisa, os alunos receberam a tarefa de construírem alguns questionamentos a respeito do projeto, os quais deveriam ser destinados a algumas figuras que compõem o mesmo, alunos, professores e coordenação.
Entrar em contato com um ambiente de bilinguismo e estudá-lo. Foi esse o principal intuito dos acadêmicos de Letras da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza que se deslocaram do campus até a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Os acadêmicos acompanhados pelos professores da área de língua hispânica Marcos Roberto da Silva, Ana Carolina Teixeira Pinto e Marilene Aparecida Lemos saíram do Município de Realeza rumo à cidade de Foz do Iguaçu às 6h00 do dia seis de junho, dia anterior ao feriado de Corpus Christi.
Como acadêmico da 5ª fase do Curso de Letras, pude representar o Projeto Comunica Realeza nessa viagem e dessa forma agora vos passo o que de principal aconteceu nela. Primeiramente, os acadêmicos já saíram de Realeza com um plano de viagem pré-estabelecido pelos professores responsáveis pela viagem. DestSa forma, puderam aproveitar consideravelmente o tempo de cada atividade proposta pelos professores. Ao todo, foram três cidades em três países visitadas pelo grupo: Foz do Iguaçu no Brasil, Puerto Iguazú na Argentina e Ciudad del Este no Paraguai.
Antes de sair rumo à fronteira, os estudantes fizeram algumas pesquisas a respeito de um projeto de ensino bilíngue, intitulado Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira (PEIBF), desenvolvido em parceria entre o governo brasileiro e o argentino. Juntamente a essa pesquisa, os alunos receberam a tarefa de construírem alguns questionamentos a respeito do projeto, os quais deveriam ser destinados a algumas figuras que compõem o mesmo, alunos, professores e coordenação.
Ivan Lucas Faust/ Acadêmico UFFS
Grupo da
UFFS em visita à escola bilíngue de Foz do Iguaçu
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A primeira atividade desenvolvida foi na cidade de Foz do Iguaçu, na Escola Adele Zanoto, uma das escolas participantes do PEIBF no Brasil. Nessa escola, além do ensino regular, é oferecido aos alunos o contato com a língua espanhola. Durante a visita, os acadêmicos realizaram uma observação do espaço escolar e puseram em prática algumas das perguntas criadas antes da viagem. Para os alunos desse projeto, as perguntas tinham como objetivo visualizar como eles se sentiam dentro do mesmo e como o viam. Para os professores, as perguntas eram destinadas a experiência de trabalhar com alunos de outra nacionalidade, idioma e cultura e as perguntas feitas aos coordenadores versavam sobre a forma que o projeto se desenvolvia.
Após a visita a escola bilíngue brasileira, os acadêmicos e professores da UFFS foram recepcionados por um grupo de professores e alunos da Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA), os quais ofereceram ao grupo duas oficinas sobre línguas latino-americanas, o guarani e o quechua, respectivamente. Cabe ressaltar que os professores da UNILA, juntamente a outras universidades federais, entraram em greve, sendo que o grupo que recebeu os alunos e professores da UFFS assim o fez de forma voluntária.
No segundo e último dia de atividades (07/06), os afazeres começaram cedo. No período da manhã, os alunos ficaram encarregados de fazer gravações com as falas de cidadãos paraguaios de Ciudad del Este. Nesse período, os acadêmicos, divididos em grupos, percorreram as ruas principais da cidade paraguaia recolhendo informações sobre a fala de seus habitantes. Isso se fez pela constante junção que falantes paraguaios fazem entre as línguas portuguesa, espanhola e o guarani.
Alunos
da escola bilíngue de Puerto Iguazú
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Na tarde do segundo dia, o grupo, após ter regressado do Paraguai, partiu rumo à cidade argentina de Puerto Iguazú, onde visitaram a Escola Bilíngue Nº 2. Nela, os acadêmicos se depararam com uma realidade de ensino muito distinta a que estão acostumados no Brasil. A cultura argentina a respeito da educação escolar é muito diferente da brasileira, a estrutura física é precária, mesmo em comparação à brasileira, entretanto o que mais chamou a atenção de nossos viajantes foi a postura dos alunos argentinos frente ao ensino.
Em uma breve comparação que fazem os próprios professores do ensino bilíngue nos dois países, destaca-se a figura do aluno brasileiro como sendo mais agitado dentro de sala de aula, sendo um aluno que não se consegue prender a atenção. Tudo isso frente ao aluno argentino, que é um aluno mais calmo e que valoriza até os menores objetos que os professores lhes oferecem como material de aprendizagem – não que todos os alunos argentinos sejam diferentes, mas na grande maioria são.
Essa é uma reflexão boa de se fazer, pois seria interessante buscar as origens dessa diferença cultural entre os dois países, tão próximos porém tão distantes nesse aspecto. Para a professora Ana Carolina, nesta viagem “os alunos puderam entrar em contato com realidades bem distintas, tanto no aspecto social quanto educacional” e isso faz com que estes reflitam mais sobre as duas culturas.
Parte do
grupo da UFFS em visita à escola indígena
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Ainda na tarde de quinta-feira, o grupo realizou uma atividade que não estava prevista no cronograma da viagem, uma visita a uma escola indígena, também bilíngue, na cidade de Puerto Iguazú, Escola Bilíngue Nº 807 Mbororé. Esta escola era diferente das demais, pois nela as línguas trabalhadas são o espanhol e o guarani. A escola fica localizada dentro de uma reserva indígena da cidade, o que propiciou que muitos dos visitantes tivessem seu primeiro contato com uma cultura tão diferente quanto é a indígena. Com essa visita deu-se fim a atividade extracurricular desenvolvida na Tríplice Fronteira.
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