Por Vanessa Pagno (Ciências Naturais/UFFS)
Na última terça-feira, 26 de junho, técnicos administrativos do Campus Realeza se reuniram em uma assembleia geral, na qual decidiram a deflagração de greve a partir de segunda-feira, 02 de julho, acompanhando a pauta nacional da categoria representada pela Federação dos Servidores das Universidades do Brasil (FASUBRA).
De acordo com o técnico administrativo Ivandro Carlos Valdameri, na assembleia houve a participação de 43 dos 47 técnicos da Universidade, sendo que destes 41 votaram para decidir se haveria ou não a greve. Foram 25 votos favoráveis à greve, 6 contrários e 10 abstenções.
André Pimentel/UFFS
Votação que
decidiu a deflagração de greve
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Ivandro também explicou, em conversa com o Comunica, que a partir de segunda-feira, apesar de não haver trabalhos, os técnicos estarão na universidade para discutir questões da greve, construindo comissões internas para a mobilização de greve e que, dentre outras, “será constituída uma comissão de ética que julgará caso a caso as questões emergenciais, que necessitem de encaminhamentos pontuais, pois é possível que em casos específicos haja atendimento”. Dentre estes casos emergenciais, Ivandro destaca que um deles é, por exemplo, o pagamento de bolsas permanências e auxílios da Secretaria de Assuntos Estudantis (SAE), pois isso afeta a manutenção dos estudantes e não há a intenção de prejudicar os estudantes neste sentido.
André Pimentel/UFFS
Técnicos
administrativos da UFFS/Realeza durante a assembleia
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A pauta nacional da categoria representada pela FASUBRA abrange os seguintes itens:
- Reajuste salarial: recurso para o piso – piso de 3 salário mínimos (SM) e Step* de 5 %;
- Racionalização dos cargos;
- Reposicionamento dos aposentados;
- Adequação do plano de carreiro no que diz repeito ao Incentivo e Qualificação (aplicado nos casos em que o servidor tem nível educacional maior do que o exigido para o cargo que ocupa);
- Devolução do Vencimento Básico Complementar Absorvido (Mudança na Lei da Carreira – 11.091/05), questão que afeta os servidores antigos da outras universidades;
- Isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes.
II – Eixo Geral:
- Luta contra a privatização dos hospitais universitário, possibilitada com a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares;
- Luta contra a terceirização, por concurso público já!;
- Lutar por 10 % do PIB para a Educação;
- Implementação da jornada ininterrupta de trabalho de 30 horas sem redução de salário;
- Contra a MP 568/12 nos artigos que atingem a redução salarial dos médicos e médicos veterinários e da insalubridade/periculosidade;
- Em defesa da negociação coletiva, data base e definição da política salarial;
- Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95).
O técnico Ivandro ainda frisou que “a categoria dos técnicos administrativos é o pior salário de todo o serviço público federal, sendo que com baixos salários para professores e técnicos não há qualidade na Educação, pois precisamos de pessoas qualificadas e para isso precisamos de bons salários”.
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