domingo, 3 de junho de 2012

Um tour de aprendizado pela Ilha do Mel

                                 Lembranças de uma viagem que jamais será esquecida

Por Willian Moura e Jéssica Pauletti (Ciências Naturais/UFFS)

Como dito anteriormente no Comunica, acadêmicos da 3ª fase do Curso de Licenciatura em Ciências realizaram uma viagem de estudos para conhecer um importante local do litoral paranaense, a Ilha do Mel. Do mesmo modo, os acadêmicos da 5ª fase também realizaram esta viagem.

A primeira visita destes acadêmicos foi ao campus litoral da UFPR (Universidade Federal do Paraná), conhecendo o CEM (Centro de Estudos do Mar), em que, por meio do Projeto Litoral Nota CEM, tiveram uma aula sobre os aspectos geológicos e da biodiversidade marinha, bem como sobre as questões relacionadas com as ondas do mar e com a vegetação nativa. O professor Dr. José Claro, responsável pela aula e pelo projeto, foi também o guia dos acadêmicos durante a viagem.

Após esta aula, os acadêmicos visitaram a vegetação restinga, fazendo uma trilha até chegar ao mar. A grande maioria dos acadêmicos que ali se encontravam nunca havia visto o mar, e a alegria tomou conta da galera. A acadêmica Denise Felicetti conta com alegria como foi ter este primeiro contato com as águas oceânicas: “bom, o mar é salgado mesmo! Magnífico, esplêndido, grande e profundo. Ao olhar a linha do horizonte no fim da tarde, você se sente impotente, comparado à dimensão do mar.” 

 Na volta para o almoço, conchas, algas, pedaços de caranguejo e bolachas-do-mar foram a diversão. Todos recolhiam estas para, mais tarde, fazer a medição das conchas, trazendo um exemplar de cada espécie para o acervo do laboratório de zoologia da UFFS.
Depois do almoço, após 30 minutos de barco, os acadêmicos chegaram ao destino: a bela e deslumbrante Ilha do Mel. Em seguida, alojaram-se na pousada “La Barca”, e foram tomar o primeiro banho de mar na praia de Nova Brasília.


No dia seguinte, depois de 1h30 navegando em alto mar, chegaram à Ilha das Peças, visita também muito esperada para alguns, pois seria neste caminho que veriam os botos, e seria nesta ilha que entrariam no manguezal. A acadêmica Alessandra de Lima relata a experiência com grande emoção: “o melhor de tudo foi mesmo ver os botos. A sensação de paz interior e a energia do mar me deixaram toda arrepiada. Aquele efeito de silêncio total dos acadêmicos, somente o barulho do mar e o barulho dos golfinhos. Não tinha como não se arrepiar.”

A despedida da Ilha das Peças foi feita em grande estilo, com um almoço super-reforçado, regado a diversos frutos do mar, como conta Alessandra: “adorei comer casquinha de siri, camarão frito, pirão de camarão. Era muita a variedade de frutos do mar. Gostei de ver o pessoal que nunca tinha comido camarão saborear.” Alessandra finaliza ainda dizendo que, para muitos, a maior novidade foi a casquinha de siri, e que, muitas destas não subiram a serra de volta a Realeza, pois os acadêmicos levaram-nas consigo, “inclusive as minhas, que trouxe para mostrar para meus alunos do projeto PIBID”.

De volta à Ilha do Mel, o dia ainda não havia se encerrado, e nem estava perto de se encerrar. O destino agora era o Farol das Conchas, com a expectativa de conseguirem ver o pôr-do-sol dali. Porém, esta atividade não foi realizada; mas, lá do alto, tiveram uma vista ampla do oceano atlântico, bem como dos navios que ali se encontravam, além das diversas praias que podiam ser observadas do farol. A acadêmica Leidi Giehl conta que “ao estar em um lugar como o Farol das Conchas, temos a impressão de que estamos no paraíso. É uma visão que nos deixa fascinados.”

Ao voltar para a pousada, os viajantes descobriram que iria acontecer um luau numa praia localizada nas proximidades do farol. Mesmo cansados, ficaram com certa empolgação em participar de uma festa deste tipo. Então, os acadêmicos resolveram atravessar a ilha para participar da festinha. Embalados ao som de Reggae e Hip Hop, a diversão foi garantida para os que ali estavam. Leidi também esteve na festa e relatou ao Comunica um pouco sobre a sua experiência no decorrer do luau: “foi muito legal. Nunca tinha ido a uma festa assim. No início, confesso que estranhei bastante, mas logo se tornou uma das festas mais divertidas a que já fui.” Leidi encerra comentando um pouco sobre o que observou da cultura local durante a festa: “tive um contato com uma cultura completamente diferente da que estou habituada, e me fez muito bem ver a miscigenação cultural que ocorre dentro do mesmo estado.”
  
                                                                                                                   Popular durante a festa
Diversão garantida durante o luau na Praia de Fora

No domingo pela manhã, conheceram mais um lugar histórico da ilha, a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, onde ouviram as histórias de guerra envolvendo o Forte e seus canhões.

Durante toda a viagem, os acadêmicos da 5ª fase se deparavam com alguns animais que foram estudados no semestre anterior na disciplina de Zoologia, como expressa a acadêmica Andreia Belusso: “poder tocar naquilo que você aprende é muito proveitoso. As sensações de euforia, alegria e emoção ao tocar cada ‘coisinha’ que vimos na Ilha pela primeira vez, que anteriormente só havíamos estudado, foram mágicas”. A acadêmica finaliza ainda dizendo que “esta viagem foi uma grande reciprocidade entre diversão e conhecimento.”

                                                                                                                                         José Claro
Primeira turma de Ciências homenageia a UFFS

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