quarta-feira, 23 de outubro de 2013

III SEPE: um espaço onde se quebraram paradigmas

Por Eduardo Alves dos Santos (Letras: Português e Espanhol/ UFFS)


 Entre os dias 09 e 11 de outubro aconteceu na Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Realeza o III Seminário de Ensino Pesquisa e Extensão, III SEPE. Esse evento foi uma das atividades que se realizaram dentro da semana nomeada de Diversa, na qual também se desenrolou, antes do III SEPE, entre os dias 05 e 08, a terceira edição do JUFFS, os jogos internos da instituição.
Divulgação
III Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS
Não temos o intuito aqui de noticiar mais uma vez o evento ou as atividades em geral da semana. O que pretendemos é, de certa maneira, realizar uma breve reflexão sobre um
relato de experiência dentro do evento, que, ao nosso ver, pode ajudar a entender até uma das tantas motivações para a dinâmica de se levar a escola para dentro da universidade, o ato de se quebrar com alguns paradigmas, os quais poderíamos chamar de pré-conceitos, trazidos de fora sobre o ambiente acadêmico.
Sabrina Casagrande/UFFS
Apresentação sobre leitura de Música Popular Brasileira
Os alunos do Ensino Médio questionam-se geralmente sobre o que irão fazer em um futuro breve, depois de terminada a passagem escolar. Com essas perguntas, aparecem algumas respostas, que em alguns casos (para não ser generalista) se apresentam como incompletas, deturpadas e/ou equívocas. Durante esse período, acaba-se por criar pré-conceitos em relação às várias esferas ligadas ou não à escola. Ideias são estabelecidas e perduram até que tenhamos a possibilidade (e oportunidade) de entrar em contato com alguém, algo, ou um ambiente que nos faça repensar nosso olhar sobre as coisas.
E, o que isso tem a ver com o SEPE? A perspectiva de trabalho adotada para o III Seminário de Ensino Pesquisa e Extensão, etapa regional, na cidade de Realeza, foi um ambiente que propiciou este tipo de rompimento a que fazemos referência neste texto. Para ser mais preciso, dentro do evento, o que chamou mais atenção (lembrando que isso é uma informação subjetiva e portanto pessoal) foi o espaço disponibilizado para a inserção da comunidade escolar da região em que universidade está inserida no mundo universitário. Isso ocorreu em um terceiro dia de atividades, o que não acontecia nas edições anteriores do evento,
Em Letras, quando apresentamos os projetos do curso, e o próprio curso, enfatizamos pontos que acreditávamos serem desconhecidos pelos alunos. Resumindo, apresentamos a motivação de se fazer um curso como o de Letras da UFFS. Pelo que percebemos em sala, os alunos conheciam a ideia do curso de forma superficial, ligado o trabalho da literatura, por exemplo, apenas ao texto escrito, quando em verdade, nas perspectivas atuais, entendemos literariedade como sendo algo que não se prende a essa esfera, abrindo caminho para o trabalho com música, imagem e filme, dentre outras coisas. Ou sobre a língua em si, que aparentemente, para os alunos do Ensino Médio, se resume à norma padrão.
Sabrina Casagrande/UFFS
Alunos de Ensino Médio da região sudoeste do Paraná
Não podemos afirmar que todos que estavam naquela sala se sentiram tocados ou se interessaram de alguma forma a seguir este caminho a partir do que viram e ouviram, mas podemos afirmar que a ideia fechada com que estes alunos chegaram foi ampliada para que deveras conhecessem o que é o trabalho na área de Letras. Ou, conforme definiu Ivan Lucas Borghezan Faust, acadêmico da 8ª fase do Curso de Letras, “O evento proporcionou mais um momento de integração entre a comunidade acadêmica e a externa tendo em vista que dificilmente esse contato se realiza pelo fato de serem as instituições superiores que vão até as escolas para divulgarem seus cursos.” Com atividades como essa, a universidade passa a pensar em acolher mais a comunidade externa dentro da instituição e não somente ir ao encontro dela.









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