Por
Eduardo Alves dos Santos (Letras: Português e Espanhol/ UFFS)
Entre
os dias 09 e 11 de outubro aconteceu na Universidade Federal da
Fronteira Sul – Campus Realeza o III Seminário de Ensino
Pesquisa e Extensão, III SEPE. Esse evento foi uma das atividades
que se realizaram dentro da semana nomeada de Diversa, na qual também
se desenrolou, antes do III SEPE, entre os dias 05 e 08, a terceira
edição do JUFFS, os jogos internos da instituição.
Divulgação
III Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS |
Não
temos o intuito aqui de noticiar mais uma vez o evento ou as
atividades em geral da semana. O que pretendemos é, de certa
maneira, realizar uma breve reflexão sobre um
relato de experiência dentro do evento, que, ao nosso ver, pode ajudar a entender até uma das tantas motivações para a dinâmica de se levar a escola para dentro da universidade, o ato de se quebrar com alguns paradigmas, os quais poderíamos chamar de pré-conceitos, trazidos de fora sobre o ambiente acadêmico.
relato de experiência dentro do evento, que, ao nosso ver, pode ajudar a entender até uma das tantas motivações para a dinâmica de se levar a escola para dentro da universidade, o ato de se quebrar com alguns paradigmas, os quais poderíamos chamar de pré-conceitos, trazidos de fora sobre o ambiente acadêmico.
Sabrina Casagrande/UFFS
Apresentação sobre leitura de Música Popular Brasileira |
Os
alunos do Ensino Médio questionam-se geralmente sobre o que irão
fazer em um futuro breve, depois de terminada a passagem escolar. Com
essas perguntas, aparecem algumas respostas, que em alguns casos
(para não ser generalista) se apresentam como incompletas,
deturpadas e/ou equívocas. Durante esse período, acaba-se por criar
pré-conceitos em relação às várias esferas ligadas ou não à
escola. Ideias são estabelecidas e perduram até que tenhamos a
possibilidade (e oportunidade) de entrar em contato com alguém,
algo, ou um ambiente que nos faça repensar nosso olhar sobre as
coisas.
E, o
que isso tem a ver com o SEPE? A perspectiva de trabalho adotada para
o III Seminário de Ensino Pesquisa e Extensão, etapa regional, na
cidade de Realeza, foi um ambiente
que propiciou este tipo de rompimento a que fazemos referência neste
texto. Para ser mais preciso, dentro do evento, o que chamou mais
atenção (lembrando que isso é uma informação subjetiva e
portanto pessoal) foi o espaço disponibilizado para a inserção da
comunidade escolar da região em que universidade está inserida no
mundo universitário. Isso ocorreu em um terceiro dia de atividades,
o que não acontecia nas edições anteriores do evento,
Em
Letras, quando apresentamos os projetos do curso, e o próprio curso,
enfatizamos pontos que acreditávamos serem desconhecidos pelos
alunos. Resumindo, apresentamos a motivação de se fazer um curso
como o de Letras da UFFS. Pelo que percebemos em sala, os alunos
conheciam a ideia do curso de forma superficial, ligado o trabalho da
literatura, por exemplo, apenas ao texto escrito, quando em verdade,
nas perspectivas atuais, entendemos literariedade como sendo algo que
não se prende a essa esfera, abrindo caminho para o trabalho com
música, imagem e filme, dentre outras coisas. Ou sobre a língua em
si, que aparentemente, para os alunos do Ensino Médio, se resume à
norma padrão.
Sabrina Casagrande/UFFS
Alunos de Ensino Médio da região sudoeste do Paraná |
Não
podemos afirmar que todos que estavam naquela sala se sentiram
tocados ou
se interessaram de
alguma forma a seguir este caminho a
partir do que
viram e ouviram, mas podemos afirmar que a ideia fechada com que
estes
alunos chegaram
foi
ampliada para que deveras conhecessem o que é o trabalho na área de
Letras. Ou,
conforme
definiu Ivan
Lucas Borghezan Faust, acadêmico da 8ª
fase do Curso de Letras, “O
evento proporcionou mais um momento de integração entre a
comunidade acadêmica e a externa tendo em vista que dificilmente
esse contato se realiza pelo fato de serem as instituições
superiores que vão até as escolas para divulgarem seus cursos.”
Com atividades como essa, a universidade passa a pensar em acolher
mais a comunidade externa dentro da instituição e não somente ir
ao
encontro
dela.
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