La Broma e Joaninha ou o que é levam teatro às escolas da região

Grupo de Teatro e produtora cultural da UFFS – Campus Realeza realizam apresentações artísticas em escolas de Realeza e de municípios vizinhos.

Por Eduardo Alves dos Santos (Letras: Português e Espanhol/ UFFS)

Neste fim de ano, o Grupo de Teatro La Broma e a Produtora Cultural Joaninha ou o que é estão com a agenda cada vez mais cheia. Os grupos, que vêm trabalhando em conjunto, estão em meio a um ciclo de intervenções artísticas nas escolas de Realeza e região. No mês de outubro foram duas apresentações em duas escolas municipais de Realeza, a Juscelino Kubitschek, no Bairro João Paulo II, e a Universidade da Criança, no Bairro Jardim Panorâmico.

La Broma

Acadêmicos dos grupo La Broma e Joaninha ou o que é acompanhados da professora Dr. Renata Orlandi.

Já no mês de novembro, até o momento, o grupo realizou cinco apresentações ao todo. Duas dessas foram na Casa da Cultura de Realeza, para alunos da Escola Municipal 24 de Junho, nos períodos da manhã e da tarde do dia 04. As outras apresentações para alunos de escolas ocorreram nos dias 05 e 06, respectivamente na Escola Municipal Menino Jesus, em Realeza, e no Colégio Estadual Guilherme de Almeida, na cidade de Santa Izabel do Oeste.

Nas escolas de Realeza, e casa da cultura, La Broma e Joaninha apresentaram uma adaptação do livro Marcelo, Marmelo, Martelo, de autoria da escritora paulistana Ruth Rocha. Uma história voltada ao público infantil, na qual o personagem central, Marcelo, é uma criança que não se conforma com os nomes das coisas e por isso começa a falar da maneira que acredita ser a mais correta. No linguajar de Marcelo cadeira vira sentador, almofada vira cabeceiro, avião vira voador, em meio a um mundo de termos que fazem parte de seu “falário”. Marcelo, Marmelo, martelo é uma peça cômica que consegue arrancar boas risadas da criançada e dos adultos que voltam à infância assistindo aos dilemas do personagem.

Mauro Maciel/ Joaninha ou o que é

Os acadêmicos Jéraldi Hiroki e Mariana Maria Conchy Rodrigues em cena na peça Rápido Disparate.

Em Santa Izabel do Oeste, a peça apresentada foi Rápido Disparate, construída a partir do conto Un Sueño Realizado do autor uruguaio Juan Carlos Onetti mais poemas da poetisa também uruguaia Idea Vilarinõ. Essa é a segunda versão feita da peça, na qual o tango ganha ainda mais importância do que já tinha na primeira. Se em sua primeira versão, Rápido Disparate desenrolava-se a partir da história central do conto de Onetti, com a inserção de alguns poemas e com o tango uruguaio como elemento introduzido na história, na segunda tango e poesia tornam-se protagonistas, deixando a trama apenas como plano de fundo. Com essas mudanças, as peça passa a utilizar-se mais da sensualidade que a junção tango e poesia pode proporcionar. A segunda versão de Rápido Disparate também foi a peça encenada durante o terceiro e último dia do I Ciclo de Debates das Licenciaturas: das narrativas à construção de memórias de futuro, que aconteceu no dia 08 deste mês.

Mauro Maciel/ Joaninha ou o que é

La Broma e Joaninha ou o que é no palco do Colégio Estadual Guilherme de Almeida em Santa Izabel do Oeste.

Questionada sobre o que achava desse processo de se levar a cultura do teatro para dentro do ambiente escolar, a acadêmica Luh Souza, da 2a fase do Curso de Letras e bolsista do Joaninha ou o que é disse que para ela “foi claramente visível a alegria no rosto das crianças” e completou dizendo que “isso nos dá cada vez mais ânimo para continuarmos com as apresentações.” Para a acadêmica Elisandra Moreira, também da 2a fase de Letras e voluntária no Joaninha "é sempre bom envolver-se com estas atividades culturais e poder ver nas crianças o rostinho de satisfação."

Segundo a acadêmica Marina Maria Conchy Rodigues, da 8a fase do Curso de Letras e bolsista no La Broma, até o término de 2013 algumas apresentações ainda podem ser confirmadas, principalmente nas escolas de Realeza, mas o próximo compromisso do grupo já está definido. Dia 21/11, La Broma e Joaninha apresentam, no Parque Tecnológico de Itaipu, Foz do Iguaçu, as peças Fúlvio Trojan e Convidados e a primeira versão de Rápido Disparate.