Na quinta-feira, 09 de setembro, comemorou-se o Dia do Médico Veterinário, profissional de grande importância para a saúde dos animais e dos humanos. A data foi escolhida em reconhecimento ao dia 9 de setembro de 1933, quando, através do Decreto nº 23.133, o então presidente Getúlio Vargas criou uma normatização para a atuação do médico veterinário e para o ensino da profissão.
A arte de cuidar de animais não é recente. A história nos permite inferir que a Medicina animal era praticada em 2000 a.C. em certas regiões da Ásia e da África. O Código de Hammurabi, o mais completo e perfeito conjunto de leis existente, já continha normas sobre atribuições e remuneração dos "médicos de animais". No Brasil, o interesse pela criação de instituições de ensino em Veterinária ganhou força após a visita, em 1875, do Imperador D. Pedro II à Escola Veterinária de Alfort, na França. No entanto, as primeiras escolas de veterinária (Escola de Veterinária do Exército e Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, ambas no Rio de Janeiro) só foram criadas no início do século passado.
A Medicina Veterinária é considerada uma profissão bastante ampla, pois está, atualmente, inserida num abrangente contexto que envolve, além da prevenção e cura de afecções das diversas espécies animais, a produção e a inspeção de alimentos, defesa sanitária animal, saúde pública, ensino superior, pesquisa, extensão rural e a proteção da fauna.
Buscando o entendimento mais aprofundado, conversamos com o Médico Veterinário Dr. Adolfo Firmino da Silva Neto, professor e coordenador do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Fronteira Sul – campus Realeza. O professor afirma que o Médico Veterinário tem como papel principal a promoção da saúde animal em todas as instâncias, tanto em animais domésticos de pequeno porte, quanto de um rebanho.
Quando questionado sobre a alta produtividade, Adolfo ressalta com grande ênfase que esta não é a principal função do Médico Veterinário, mas, sim, garantir a qualidade final do alimento para que este não apresente riscos à saúde da população. Um exemplo dado por ele é a adição de promotores de crescimento e hormônios na alimentação animal, visando apenas à alta produtividade, e indaga até que ponto é viável a utilização desses recursos se analisados os efeitos nocivos provocados na saúde humana.
Com o avanço de doenças de cunho epidemiológico, a prática da Medicina Veterinária inseriu-se no cotidiano da população, assumindo um papel importante na área da saúde pública, principalmente na prevenção de zoonoses. “O papel básico do Veterinário é promover a saúde animal, tendo sempre a necessidade humana como o grande motivador”, diz o professor. Dessa forma, assegura-se a qualidade de alimentos, bem como a prevenção da saúde humana.
A este profissional, que utiliza seus conhecimentos em prol da promoção da saúde animal e humana, seguindo os preceitos éticos de sua profissão, os nossos parabéns!
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