A realização do Simuffs (Simpósio Multidisciplinar da Universidade Federal da Fronteira Sul) durante a semana passada, no campus de Realeza, trouxe uma série de novos conhecimentos a quem participou das palestras e oficinas. Tanto profissionais das áreas abordadas quanto acadêmicos dos cursos oferecidos no campus saíram com novas informações, o que rendeu elogios ao Simpósio.
Uma prova disso foi a oficina ministrada pelo técnico em assuntos educacionais da UFFS, André Carvalho Baida. O tema abordado foi “Sociologia e Educação”. Através de documentário, debates e análises, Baida compartilhou experiências de trabalho para a Sociologia. Segundo ele, a recente inserção da disciplina na grade curricular do Ensino Médio trouxe inúmeros desafios aos educadores, como, por exemplo, a falta de materiais para se trabalhar nas salas de aula. O sociólogo explicou que “no Brasil, a Sociologia tem uma história intermitente. Por isso, não se tem material didático nem uma metodologia para se trabalhar a disciplina. Com isso, a maioria dos professores acaba levando a metodologia que recebeu na graduação para as salas de aula do Ensino Médio, e isso é muito frustrante para o aluno”. Outro extremo da situação, segundo Baida, ocorre quando o professor leva para as salas o conhecimento do senso comum, ou seja, “pessoas que não têm um conhecimento sociológico acabam pesquisando nas fontes erradas e misturam à aula o senso comum. Isso acaba sendo frustrante, tanto para o aluno como para o professor”.
Na oficina apresentada pelo sociólogo, métodos simples, como a análise de documentário e exposição de dados levantados em fontes confiáveis resultaram num exemplo de aula de Sociologia. “Desenvolvi esses métodos através das aulas que dei no Ensino Médio e profissionalizante e nos projetos de extensão que fiz na universidade”, revelou Baida.
André Baida trouxe para a oficina métodos que desenvolveu nas salas de aula e em projetos de extensão na universidade. |
O que aprendi?
A oficina foi acompanhada tanto por estudantes da Universidade como por pessoas residentes na Região Sudoeste do Paraná, este fato revela que a comunidade foi beneficiada pela atividade acadêmica desenvolvida pela UFFS e a maneira como a oficina foi conduzida agradou os participantes. “Foi uma novidade que superou as expectativas, devido ao fato de se fazer uso da informação aplicada à Sociologia”, opinou o acadêmico do Curso de Letras, Alceni Langner.
A estudante de Ciências, Raquel de Mello, também não se arrependeu de ter se inscrito para a oficina. “Gosto de Sociologia. Acredito que é extremamente importante ver as causas e os problemas da sociedade”, frisou. Vanessa Dalcortivo, também do Curso de Ciências, gostou mais da parte da comparação de dados entre os países. “Já trabalho com isso como entrevistadora do IBGE no Censo”, justificou.
Paulo Violato, professor de Educação Física e funcionário do Núcleo Regional da Educação de Dois Vizinhos, acredita que a fonte do conhecimento pode estar em qualquer lugar. “Mesmo dando aula, a gente sempre acaba aprendendo muita coisa (...) quando tenho oportunidade, procuro participar desses encontros em universidades. Acaba sempre acontecendo uma troca de informações que acabamos levando para o resto de nossas vidas como professores”, disse Violato.
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