Saiba como funcionam os processos administrativos que possibilitam o funcionamento das bibliotecas nos campi da UFFS.
As alunas do Curso de Medicina Veterinária, Júlia e Marina, na inauguração da biblioteca do Campus Realeza. |
Por Patrícia dos Santos (Projeto Comunica/UFFS-Realeza)
Foto: Christiano Castellano/UFFS
Os cinco campi da Universidade Federal da Fronteira Sul (Chapecó-SC, Cerro Largo-RS, Erechim-RS, Laranjeiras do Sul-PR e Realeza-PR) foram contemplados com bibliotecas ainda no primeiro semestre.
A interligação dessas bibliotecas se dá através de um Sistema de Bibliotecas (SiBi/UFFS), e é assessorado por três divisões: Divisão de Administração, Planejamento e Projetos; Divisão de Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento de Produtos; e Divisão de Políticas de Acervos e Tratamento da Informação.
A bibliotecária da Divisão de Políticas de Acervos e Tratamento da Informação, Sabrina Vaz, e o administrador responsável pela Divisão de Administração, Planejamento e Projetos, Itamar Luiz Breyer (ambos do Campus Chapecó), explicaram ao Comunica como essas três divisões realizam um serviço cooperativo para a aquisição dos materiais bibliográficos: a primeira prepara os processos licitatórios, participando e fiscalizando o processo; a segunda monitora a evolução das tecnologias da área a fim de promover a sua incorporação visando a atualização tecnológica permanente dos serviços das Bibliotecas; e a terceira realiza o tratamento da informação, que planeja, organiza, coordena, dirige e controla os serviços de seleção, catalogação e classificação do material informacional, registrando, verificando, catalogando, e classificando conforme os padrões internacionais definidos.
Os colaboradores afirmaram ainda que este processo tem a finalidade de aquisição dos materiais bibliográficos, embasada nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC’s), nos quais constam os pedidos dos professores. Esta atividade é realizada igualmente para os cinco campi da UFFS. Porém, nem todas as obras irão para todos os campi. A distribuição é realizada conforme o número de alunos e os cursos de cada campus. Os professores podem, no decorrer do semestre, fazer sugestões de aquisição pertinentes às disciplinas que ministram. Os títulos sugeridos serão adicionados ao pedido quando houver disponibilidade orçamentária para tal.
A biblioteca do Campus Realeza
A biblioteca do Campus Realeza está funcionando desde o mês de maio, e apesar de ainda possuir um tímido acervo, é frequentemente visitada e utilizada pelos alunos.
O servidor Guilherme Augusto Schmidt, que assumiu a função de bibliotecário por não haver aprovados em biblioteconomia no primeiro concurso aberto pela UFFS, trabalha juntamente com o servidor Giuliano Kluch, desenvolvendo um papel importante dentro da Universidade: mediar a relação dos alunos com os livros. O colaborador Guilherme falou ao Comunica sobre o seu trabalho na UFFS: “O nosso trabalho é o de sermos facilitadores para que os alunos consigam usar o acervo da biblioteca. É claro que agora, de início, temos poucos livros. Além disso, muitos títulos não têm uma aplicação imediata para as disciplinas que estão sendo ofertadas nessa etapa inicial dos cursos. É o caso do material de Direito”.
Sobre o registro dos empréstimos, afirmou que a forma como isso vem sendo trabalhado ainda é “precária”, mas tende a melhorar: “No futuro, todas as bibliotecas da UFFS irão usar o sistema Pergamum, que irá facilitar todo o processo, permitindo até, segundo informações que recebemos, que alunos possam fazer empréstimos entre as bibliotecas dos cinco campi”.
O Pergamum é um gerenciador de bibliotecas desenvolvido pela PUC-PR. O sistema contempla as principais funções de uma biblioteca, funcionando de forma integrada da aquisição ao empréstimo das obras. O objetivo dos desenvolvedores na construção do software é aproveitar as principais ideias de cada instituição (universidades, centros de ensino de Ensino Fundamental e Médio, empresas, órgãos públicos e governamentais), a fim de manter o programa atualizado e atuante no mercado, tornando-o capaz de gerenciar qualquer tipo de documento.
Como é do conhecimento de toda a comunidade acadêmica, a biblioteca mantém algumas regras que se referem a empréstimos, multas, proibição de alimentar-se ao manusear os livros e de circular pelo ambiente com mochilas. Segundo Guilherme, “são regras emanadas da biblioteca central e tem o objetivo, justamente, de preservar e normatizar da melhor forma possível a biblioteca, para que ela se torne, realmente, uma ferramenta a mais que os alunos terão para a formação acadêmica”.
Aproveitando o ensejo, o servidor contou que a biblioteca está tendo alguns problemas no que se refere a livros devolvidos sujos, molhados, rasgados. Pediu para que os alunos ajudem a cuidar da biblioteca, pois ela é um patrimônio público, pago com os impostos de todos.
O atual bibliotecário finalizou falando sobre sua satisfação ao desenvolver esse trabalho de constante interação com alunos e professores: “Está sendo muito bom trabalhar neste setor da Universidade aqui de Realeza. Os alunos estão sendo muito educados, e também compreensivos no que se refere a todas as dificuldades e precariedades com que temos de lidar neste momento. Mas as expectativas são boas para o futuro, e nisso nos fixamos”.
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