Por Jéssica Pauletti
Na data 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Este ano, a campanha tem como lema “Silêncio é crime. Não abuse. Não cale.”, referência essa às pessoas que sabem do que está acontecendo na família, comunidade ou na própria cidade e não denunciam.
Entre outros objetivos, a campanha busca a efetivação do que aponta o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta propriedade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a à convivência familiar e comunitária”.
O que é abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes?
Entre outros objetivos, a campanha busca a efetivação do que aponta o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta propriedade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a à convivência familiar e comunitária”.
O que é abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes?
O abuso é a situação na qual esses indivíduos são usados para gratificar os desejos sexuais de um adulto, ou pessoa mais velha, baseado em relação de poder com o outro que inclui desde carícias, manipulação genital e ato sexual com ou sem penetração. E a exploração é o meio pelo qual alguém obtém lucro financeiro por meio da prostituição de outra pessoa, seja em troca de favores sexuais, incentivo à prostituição, promoção da pornografia infantil ou turismo sexual.
Campanha em Realeza
Campanha em Realeza
No intuito de contribuir com essa luta, durante a semana, várias instituições do município somaram forças para promover algumas atividades voltadas para discussão e reflexão acerca desse assunto. Os parceiros foram a Prefeitura Municipal de Realeza, a UFFS, o Conselho Tutelar, a Polícia Civil, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Polícia Militar e Vara da Infância e Juventude.
Uma das atividades foi realizada em conjunto com o projeto Cinedebate da UFFS, o qual mudou um pouco sua rotina, apresentando o filme “Anjos do Sol”, do Diretor Rudi Lagemann. O filme demostra o tema em questão de maneira bem realista, especialmente as condições desumanas a que muitas crianças são expostas. A exibição do filme se direcionou a um público-alvo de maiores de 14 anos.
Na terça-feira, dia 17, pela manhã, participaram no cinema da Casa da Cultura, alunos do Colégio Real, e, pela tarde, os estudantes do Colégio Estadual Doze de Novembro puderam prestigiar a sessão. Após a exibição do filme, em ambos os períodos, foi aberto o espaço para discussão dos presentes junto ao professores da UFFS Émerson Martins e Érica Marafon, os quais comandaram os trabalhos.
O Comunica esteve no local e percebeu a grande participação de alunos e professores interessados em, de alguma forma, colaborar com aquele momento de aprendizagem. O estudante Leonardo Rodrigues dos Santos, da 2ª série do Ensino Médio, do Colégio Doze de Novembro, nos contou que o filme exibido deveria ser mostrado a todos, por levar a uma reflexão, sendo um exemplo do que deve ser evitado na sociedade. Ele acredita que o momento da discussão é muito proveitoso, pois “ é o espaço de expressar os pensamento e compartilhar com os outros”.
Para o aluno Leonardo, o abuso ou exploração é algo se caracteriza por uma ação do ser humano violentando a sua espécie e, o que é mais triste ainda, existirem cúmplices que não falam nada diante dessa situação. Ele ainda afirma que foi a primeira vez que participou do Cinedebate e espera voltar mais vezes para discutir outras questões.
Na noite do mesmo dia, outra programação foi realizada, se tratou de uma palestra no andar superior da Casa da Cultura, a qual foi proferida pela Promotora Fernanda da Silva Soares e pelo Juiz de Direito Alexandre Moreira Van Der Brocke, esse encontro foi dirigido aos pais e responsáveis das crianças e adolescentes de Realeza.
No dia 18, pela parte da manhã, houve uma parada na rotatória central da cidade, das 8h30 às 10h30. Na oportunidade, algumas crianças e adolescentes, junto com membros das entidades parceiras, estiveram entregando panfletos aos motoristas e pessoas que nesse caminho trafegavam. O acadêmico da UFFS, Willian Cândido, participou dessa manhã de campanha, ele falou ao Comunica que essa é uma das maneiras de conscientizar a população realezense de que o abuso e a exploração sexual estão muitos próximos e na maioria das vezes isso não é visto. Ele ainda destaca que a população acha que essa situação não ocorre na região, imaginado ser coisa de grandes centros urbanos, o que não é verídico.
Uma das atividades foi realizada em conjunto com o projeto Cinedebate da UFFS, o qual mudou um pouco sua rotina, apresentando o filme “Anjos do Sol”, do Diretor Rudi Lagemann. O filme demostra o tema em questão de maneira bem realista, especialmente as condições desumanas a que muitas crianças são expostas. A exibição do filme se direcionou a um público-alvo de maiores de 14 anos.
Na terça-feira, dia 17, pela manhã, participaram no cinema da Casa da Cultura, alunos do Colégio Real, e, pela tarde, os estudantes do Colégio Estadual Doze de Novembro puderam prestigiar a sessão. Após a exibição do filme, em ambos os períodos, foi aberto o espaço para discussão dos presentes junto ao professores da UFFS Émerson Martins e Érica Marafon, os quais comandaram os trabalhos.
O Comunica esteve no local e percebeu a grande participação de alunos e professores interessados em, de alguma forma, colaborar com aquele momento de aprendizagem. O estudante Leonardo Rodrigues dos Santos, da 2ª série do Ensino Médio, do Colégio Doze de Novembro, nos contou que o filme exibido deveria ser mostrado a todos, por levar a uma reflexão, sendo um exemplo do que deve ser evitado na sociedade. Ele acredita que o momento da discussão é muito proveitoso, pois “ é o espaço de expressar os pensamento e compartilhar com os outros”.
Para o aluno Leonardo, o abuso ou exploração é algo se caracteriza por uma ação do ser humano violentando a sua espécie e, o que é mais triste ainda, existirem cúmplices que não falam nada diante dessa situação. Ele ainda afirma que foi a primeira vez que participou do Cinedebate e espera voltar mais vezes para discutir outras questões.
Na noite do mesmo dia, outra programação foi realizada, se tratou de uma palestra no andar superior da Casa da Cultura, a qual foi proferida pela Promotora Fernanda da Silva Soares e pelo Juiz de Direito Alexandre Moreira Van Der Brocke, esse encontro foi dirigido aos pais e responsáveis das crianças e adolescentes de Realeza.
No dia 18, pela parte da manhã, houve uma parada na rotatória central da cidade, das 8h30 às 10h30. Na oportunidade, algumas crianças e adolescentes, junto com membros das entidades parceiras, estiveram entregando panfletos aos motoristas e pessoas que nesse caminho trafegavam. O acadêmico da UFFS, Willian Cândido, participou dessa manhã de campanha, ele falou ao Comunica que essa é uma das maneiras de conscientizar a população realezense de que o abuso e a exploração sexual estão muitos próximos e na maioria das vezes isso não é visto. Ele ainda destaca que a população acha que essa situação não ocorre na região, imaginado ser coisa de grandes centros urbanos, o que não é verídico.
Foto Sul Color
Crianças e adultos reunidos na entrega de panfletos da campanha contra oabuso e a a exploração infantil. |
O Comunica também procurou conversar com a psicóloga Litiara Kohl Dors, que estava presente na organização das atividades. Por estar mais envolvida com o cotidiano das famílias realezenses, ela percebe que existem muitos casos em Realeza. Segundo ela, na maioria das vezes, a ação ocorre na própria família, e que isso não é denunciado, devido ao medo da desestruturação familiar, perda do companheiro, entre outras coisas.
Ela frisa que o principal objetivo da campanha foi fazer as pessoas se sentirem mais responsáveis pela proteção das crianças e adolescente: “É necessário que todos, ao verem ou perceberem alguma situação de abuso ou exploração, denunciem a algum órgão responsável para que medidas sejam tomadas diante do fato”.
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