A população realezense conta com o apoio da APARA para
promover uma cidade mais limpa e uma sociedade mais justa.
Por Marina Maria Rodrigues e Patrícia dos Santos
A Associação de Apoio aos Agentes Ambientais de Realeza – APARA, foi fundada em 27 de setembro de 2001, com o intuito de diminuir a exploração daqueles que até então eram denominados “catadores de lixo” ao trabalharem no lixão do Município, visando tirar dali o seu sustento.
A iniciativa partiu do Fórum do Desenvolvimento juntamente com a Administração Municipal, durante a gestão do prefeito Neivo Tomazini, a fim de proporcionar melhorias nas condições de trabalho e, consequentemente, na qualidade de vida dessas pessoas. A primeira presidente da APARA foi a Sra. Lourdes Roll, colaboradora do Fórum do Desenvolvimento de Realeza. Ela teve seu primeiro contato com os trabalhadores em uma visita ao aterro sanitário e, a partir daí, promoveu essa parceria entre o Fórum e a Prefeitura.
Em conversa com o Comunica, Lourdes contou como foi implantada a Associação na cidade. Primeiramente, foi organizado o primeiro grupo de agentes ambientais que contava com 27 famílias que trabalhavam recolhendo e separando o lixo reciclável de toda a cidade. Ela afirmou que esse trabalho, a princípio, era feito no pátio de sua própria casa e posteriormente em um barracão no bosque onde atualmente fica o lago municipal. Contou também que a Associação preocupou-se com a regularização e emissão, quando necessário, dos documentos pessoais dos colaboradores e suas famílias. Além disso, os associados foram capacitados através de cursos que visavam à qualidade de vida, a inclusão social e a administração de seus rendimentos. Eram promovidas palestras de conscientização, em que os próprios agentes contavam suas experiências de vida e de trabalho. Dona Lourdes comentou sobre sua experiência juntamente à APARA: “Meu trabalho foi totalmente voluntário. A vivência que tive junto àquelas pessoas contribuiu positivamente para minha experiência de vida”.
A APARA hoje
Atualmente, a APARA está instalada em um pavilhão, cedido pela prefeitura, localizado no bairro Padre Josimo, sob a coordenação de Jair Bento, que atua como agente há oito anos.
Sobre a organização do trabalho dentro da associação, Jair falou que sua função é receber e vender os materiais, enquanto os agentes recolhem e separam esses produtos conforme suas categorias (papel, alumínio, vidro etc). Há também um funcionário da prefeitura que realiza a pesagem dos materiais e um tesoureiro que contabiliza as vendas e realiza o pagamento no fim do mês. Afirmou que já trabalhava neste ramo, na cidade de Francisco Beltrão, antes de seus pais mudarem para Realeza: “Gosto de trabalhar aqui porque posso controlar meus próprios horários e, assim, ter meu próprio sustento conforme as minhas necessidades”.
O Comunica conversou também com Maria Moreira, que há seis anos trabalha na APARA: “É muito bom trabalhar aqui, acho ótimo. Com o que eu ganho dá para viver bem, sou feliz com o que faço, é melhor do que trabalhar de doméstica. Além disso, me dou bem com todos os meus colegas”.
A colaboradora Izarina Guerra, de 61 anos, disse que “só reclama quem não gosta (de trabalhar)”, afinal de contas, “construí minha casa própria durante os sete anos que trabalho junto à APARA e sinto orgulho em dizer que tenho duas geladeiras cheias de comida, inclusive, com todas as contas pagas”. Dona Izarina afirmou também que “a pessoa velha não é valorizada. Na época em que comecei a trabalhar aqui, não conseguia emprego e por isso peguei um carrinho e fui à luta!”.
A APARA amanhã
A Administração Municipal licitou a construção de um novo barracão onde os agentes ambientais irão trabalhar futuramente. O espaço será implantado no bairro Araxá e, segundo o secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Maicon Dal'Molin, haverá um espaço amplo e uma esteira para facilitar a separação do material reciclável.
O secretário afirmou que a coleta desse material continuará sendo feita pelo caminhão da prefeitura e que os carrinhos utilizados pelos agentes serão retirados, a fim de que o trabalho destes seja concentrado apenas dentro da associação, não havendo a necessidade de sair às ruas para coletar. Cada funcionário receberá pela quantidade de material que separar e organizar.
Além disso, Maicon afirmou que a prefeitura cede equipamentos de serviço, como botas, máscaras, luvas e uniformes, para que os colaboradores desenvolvam o trabalho com segurança. Eles também recebem mensalmente uma cesta básica como bonificação pelos trabalhos prestados.
A APARA desempenha um papel importante perante a sociedade realezense. É através do trabalho desses profissionais que a cidade se mantém limpa e organizada, além de contribuir para a preservação do meio ambiente e garantir a qualidade de vida dos moradores. Além disso, possibilita que uma parcela da população carente tenha a oportunidade de desenvolver um trabalho digno e garantir o sustento de suas famílias.
A iniciativa partiu do Fórum do Desenvolvimento juntamente com a Administração Municipal, durante a gestão do prefeito Neivo Tomazini, a fim de proporcionar melhorias nas condições de trabalho e, consequentemente, na qualidade de vida dessas pessoas. A primeira presidente da APARA foi a Sra. Lourdes Roll, colaboradora do Fórum do Desenvolvimento de Realeza. Ela teve seu primeiro contato com os trabalhadores em uma visita ao aterro sanitário e, a partir daí, promoveu essa parceria entre o Fórum e a Prefeitura.
Em conversa com o Comunica, Lourdes contou como foi implantada a Associação na cidade. Primeiramente, foi organizado o primeiro grupo de agentes ambientais que contava com 27 famílias que trabalhavam recolhendo e separando o lixo reciclável de toda a cidade. Ela afirmou que esse trabalho, a princípio, era feito no pátio de sua própria casa e posteriormente em um barracão no bosque onde atualmente fica o lago municipal. Contou também que a Associação preocupou-se com a regularização e emissão, quando necessário, dos documentos pessoais dos colaboradores e suas famílias. Além disso, os associados foram capacitados através de cursos que visavam à qualidade de vida, a inclusão social e a administração de seus rendimentos. Eram promovidas palestras de conscientização, em que os próprios agentes contavam suas experiências de vida e de trabalho. Dona Lourdes comentou sobre sua experiência juntamente à APARA: “Meu trabalho foi totalmente voluntário. A vivência que tive junto àquelas pessoas contribuiu positivamente para minha experiência de vida”.
A APARA hoje
Atualmente, a APARA está instalada em um pavilhão, cedido pela prefeitura, localizado no bairro Padre Josimo, sob a coordenação de Jair Bento, que atua como agente há oito anos.
Sobre a organização do trabalho dentro da associação, Jair falou que sua função é receber e vender os materiais, enquanto os agentes recolhem e separam esses produtos conforme suas categorias (papel, alumínio, vidro etc). Há também um funcionário da prefeitura que realiza a pesagem dos materiais e um tesoureiro que contabiliza as vendas e realiza o pagamento no fim do mês. Afirmou que já trabalhava neste ramo, na cidade de Francisco Beltrão, antes de seus pais mudarem para Realeza: “Gosto de trabalhar aqui porque posso controlar meus próprios horários e, assim, ter meu próprio sustento conforme as minhas necessidades”.
O Comunica conversou também com Maria Moreira, que há seis anos trabalha na APARA: “É muito bom trabalhar aqui, acho ótimo. Com o que eu ganho dá para viver bem, sou feliz com o que faço, é melhor do que trabalhar de doméstica. Além disso, me dou bem com todos os meus colegas”.
A colaboradora Izarina Guerra, de 61 anos, disse que “só reclama quem não gosta (de trabalhar)”, afinal de contas, “construí minha casa própria durante os sete anos que trabalho junto à APARA e sinto orgulho em dizer que tenho duas geladeiras cheias de comida, inclusive, com todas as contas pagas”. Dona Izarina afirmou também que “a pessoa velha não é valorizada. Na época em que comecei a trabalhar aqui, não conseguia emprego e por isso peguei um carrinho e fui à luta!”.
A APARA amanhã
A Administração Municipal licitou a construção de um novo barracão onde os agentes ambientais irão trabalhar futuramente. O espaço será implantado no bairro Araxá e, segundo o secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Maicon Dal'Molin, haverá um espaço amplo e uma esteira para facilitar a separação do material reciclável.
O secretário afirmou que a coleta desse material continuará sendo feita pelo caminhão da prefeitura e que os carrinhos utilizados pelos agentes serão retirados, a fim de que o trabalho destes seja concentrado apenas dentro da associação, não havendo a necessidade de sair às ruas para coletar. Cada funcionário receberá pela quantidade de material que separar e organizar.
Além disso, Maicon afirmou que a prefeitura cede equipamentos de serviço, como botas, máscaras, luvas e uniformes, para que os colaboradores desenvolvam o trabalho com segurança. Eles também recebem mensalmente uma cesta básica como bonificação pelos trabalhos prestados.
A APARA desempenha um papel importante perante a sociedade realezense. É através do trabalho desses profissionais que a cidade se mantém limpa e organizada, além de contribuir para a preservação do meio ambiente e garantir a qualidade de vida dos moradores. Além disso, possibilita que uma parcela da população carente tenha a oportunidade de desenvolver um trabalho digno e garantir o sustento de suas famílias.
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