"De estudante e herói, todo
mundo tem um pouco"
Do acadêmico da UFFS que cumpriu missão de paz no Haiti
Por Will Cândido
Muita gente no campus Realeza não sabe que existe um acadêmico que foi parar no Haiti em uma missão de paz, mas foi por vontade própria. O acadêmico da primeira fase do curso de Medicina Veterinária, Emerson Longaretti Soares, de 21 anos, contou ao Comunica um pouco sobre a experiência que teve a oportunidade de participar.
Um pouco sobre a missão
Em 2004, a ONU (Organização das Nações Unidas) iniciou uma missão de paz no Haiti, pois o país estava sofrendo “nas mãos” de gangues armadas e violentas que estavam à solta nas ruas. O Brasil foi um dos primeiros países a mandar tropas para esta missão, com o intuito de ajudar no controle dos problemas, a saber, a erradicação das mortes e de crimes ocorridos por lá.
Em 12 de Janeiro de 2010, o Haiti passou pelo que hoje é considerado “o pior desastre da história da ONU”: um terremoto, com mais de 100 mil mortos e quase 2 milhões de pessoas desabrigadas.
O soldado Longaretti chegou ao Haiti em 03 de Agosto de 2010, praticamente 7 meses após o terremoto. Existiam ruínas por todos os lados do que um dia havia sido casas, comércios, cidades. O Haiti estava praticamente apagado; um país bagunçado e triste que chorava a morte de milhares de pessoas.
Em 2004, a ONU (Organização das Nações Unidas) iniciou uma missão de paz no Haiti, pois o país estava sofrendo “nas mãos” de gangues armadas e violentas que estavam à solta nas ruas. O Brasil foi um dos primeiros países a mandar tropas para esta missão, com o intuito de ajudar no controle dos problemas, a saber, a erradicação das mortes e de crimes ocorridos por lá.
Em 12 de Janeiro de 2010, o Haiti passou pelo que hoje é considerado “o pior desastre da história da ONU”: um terremoto, com mais de 100 mil mortos e quase 2 milhões de pessoas desabrigadas.
O soldado Longaretti chegou ao Haiti em 03 de Agosto de 2010, praticamente 7 meses após o terremoto. Existiam ruínas por todos os lados do que um dia havia sido casas, comércios, cidades. O Haiti estava praticamente apagado; um país bagunçado e triste que chorava a morte de milhares de pessoas.
Arquivo pessoal
Patrulha pelas ruas haitianas |
Emerson nos explica que cada batalhão fica, em média, seis meses no Haiti, “uma para os soldados não se estressarem, e outra para que novos batalhões pudessem participar da missão.” As tarefas principais eram manter o ambiente seguro e estável, “em operações tipo polícia: patrulha, garantia da ordem, segurança de pontos estratégicos, de bases da ONU e da WFP (programa mundial de alimentos), assim como cuidar da segurança e da ordem nos campos de desabrigados.”
Arquivo pessoal
“Andávamos fardados, armados e muito bem equipados, sempre preparados para o pior.” |
“A população haitiana é muito conivente, tem um afeto enorme e uma tremenda admiração para com os brasileiros, principalmente as crianças. Há, também, muita gente usando roupas da seleção brasileira de futebol, e inúmeras bandeiras do Brasil espalhadas por todos os lados.” Emerson ainda enfatiza: “Dá orgulho, é bonito de se ver.”
Foi perguntado sobre educação no Haiti, e Emerson nos responde que: “com o terremoto, a maioria das escolas e das universidades desabaram, mas a vontade de aprender dos haitianos continuava firme. Eu via o esforço que aquelas pessoas faziam para poder estudar. Foram improvisadas salas de aula montando tendas, armando barracas a céu aberto. As madeiras no chão eram os bancos para os alunos se sentarem.”
Emerson também nos conta sobre a sua entrada na UFFS, que foi um tanto quanto turbulenta. Na verdade, ele havia passado no processo seletivo de 2010, mas, como o treinamento para a missão duraria 6 meses e, em seguida, ele embarcaria em um avião que o levaria para o Haiti, resolveu trancar sua matrícula, já que queria muito cursar Medicina Veterinária. Ao retornar ao Brasil, ele optou por ingressar na turma de 2011, na qual permanece até hoje. “Mesmo eu estando lá, a minha mente estava aqui na UFFS.”
Foi perguntado sobre educação no Haiti, e Emerson nos responde que: “com o terremoto, a maioria das escolas e das universidades desabaram, mas a vontade de aprender dos haitianos continuava firme. Eu via o esforço que aquelas pessoas faziam para poder estudar. Foram improvisadas salas de aula montando tendas, armando barracas a céu aberto. As madeiras no chão eram os bancos para os alunos se sentarem.”
Emerson também nos conta sobre a sua entrada na UFFS, que foi um tanto quanto turbulenta. Na verdade, ele havia passado no processo seletivo de 2010, mas, como o treinamento para a missão duraria 6 meses e, em seguida, ele embarcaria em um avião que o levaria para o Haiti, resolveu trancar sua matrícula, já que queria muito cursar Medicina Veterinária. Ao retornar ao Brasil, ele optou por ingressar na turma de 2011, na qual permanece até hoje. “Mesmo eu estando lá, a minha mente estava aqui na UFFS.”
Arquivo pessoal
“Me senti extremamente privilegiado por poder participar da MINUSTAH.” |
São essas decisões, essas escolhas de pessoas como Emerson, um estudante como qualquer outro, que fazem do Brasil um país melhor. Nunca é tarde para fazer a diferença, pois afinal de contas, “de estudante e herói, todo mundo tem um pouco.”
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