Campanha que está sendo desenvolvida no mês de agosto em Realeza prima pela preservação ambiental
Por Jéssica Pauletti
Preservar o meio ambiente é o lema da atualidade, pois depende-se dos recursos naturais para a sobrevivência humana e, seguindo essa linha, os mercadistas de Realeza, com o apoio da prefeitura e outros órgãos, resolveram tomar a iniciativa a qual muitos outros municípios brasileiros estão aderindo: terminar com as sacolas plásticas usadas para colocar o lixo. Essas sacolas levam muitos anos para se decompor, o que acaba sendo um grave problema para a natureza.
Para saber mais sobre a campanha Realeza Ecológica, o Comunica conversou com o secretário municipal de Desenvolvimento Agropecuário e Meio Ambiente, Maicon Dal Molin. Ele nos conta que a ideia de implantar as sacolas retornáveis partiu da Associação Comercial e Empresarial de Realeza – ACIAR – e ganhou total apoio da prefeitura, pois, como a cidade já possui a coleta seletiva dos materiais recicláveis, a questão de trabalhar com o lixo orgânico se torna mais fácil.
Maicon revela que o lixo reciclável recolhido é levado para a Associação de Apoio aos Agentes Ambientais de Realeza - APARA. Nesse local os catadores realizam a classificação, além de comercializar os produtos gerando emprego e renda para trinta famílias da cidade. Ele ainda coloca que só nesse ano a prefeitura destinou seis carretas carregadas com pneus e outras cinco com isopor para empresas autorizadas a receber esse tipo de material.
O secretário informa que o lixo orgânico será recolhido nos baldes plásticos de 20 litros, que a prefeitura irá disponibilizar para cada residência. A coleta precisará ser intensificada, pois o acúmulo do lixo orgânico pode causar mau cheiro e atrair animais, devido a isso um novo caminhão estará chegando em breve, bem como o número de funcionários aumentará.
Dal Molin afirma que a campanha acarretará ganhos econômicos e ambientais para o município, pois vai diminuir o número de sacolas no meio ambiente, que hoje chega a cerca de 450.000 ao mês em Realeza. Além disso, com essa iniciativa será possível prolongar a vida útil do aterro sanitário localizado no interior na Linha Beija Flor. Já em termos econômicos, o secretário acredita que a campanha é fundamental visto que não será necessário desapropriar outra terra para fazer um novo aterro, sendo um gasto que o município pode investir em outros setores.
Ele ainda lembra que a secretaria está disponível para formar parcerias com entidades que desenvolvem ações voltadas à preservação ambiental, e que nessa campanha estão como parceiros a prefeitura, a ACIAR, o Rotary Club, o Conselho de Meio Ambiente municipal e a UFFS.
Para colaborar de algum modo com a campanha, alguns acadêmicos da UFFS estiveram no último sábado, dia 13 de agosto, distribuindo panfletos e prestando informações aos moradores da Linha Jobe e bairros São José e Cazaka.
Para a acadêmica de Licenciatura em Ciências Liliane Zanon é importante os acadêmicos sempre participarem de campanhas desse cunho, pois os jovens precisam mostrar que são capazes e têm força, para isso é preciso agir, fazer a sua parte no trabalho e ser reconhecido por isso. Ela destaca que “somos a nova geração, e precisamos mostrar à sociedade que é preciso mudar nossas atitudes quanto ao meio ambiente, principalmente com relação à destinação do lixo”. Liliane acredita que é preciso repensar, e adotar ações que venham a trazer benefícios para a sociedade em geral, sendo que esta também precisa fazer sua parte, contribuindo para um mundo talvez melhor para nossos descendentes.
Ao falar precisamente da campanha Realeza Ecológica, a acadêmica Liliane coloca isso como um ato importante visto que, com essa iniciativa municipal, outras cidades também podem vir a adotar esta campanha, como Dois Vizinhos, cidade próxima a Realeza e que também aderiu à retirada das sacolas plásticas dos mercados. Ela destaca como o lixo deverá ser arrumado a partir de agora: nos baldes será colocado o lixo orgânico, o lixo de banheiro deverá ser armazenado nos sacos de lixo pretos, que se decompõe mais rapidamente, e a bolsa azul continua servindo para os recicláveis.
Questionada sobre sua participação na atividade Liliane afirma que gostou de participar da entrega dos panfletos nas casas, conversar com a população, conscientizando as pessoas quanto à destinação correta do lixo, e ouvindo o que elas pensam a respeito. Ela finaliza dizendo que pelo que percebeu a maioria da população aprova essa ideia vendo-se assim que, aos poucos, a sociedade vai adquirindo novos hábitos, é preciso se adequar a essa nova realidade, pois ninguém sabe o que o futuro nos reservará.
Lembrando que a partir do dia primeiro de setembro os mercados e mercearias não disponibilizarão mais as sacolas plásticas, estas devem ser substituídas pelas retornáveis que já estão à venda nos estabelecimentos pelo preço de custo (R$ 4,00), mas a compra não é obrigatóra, já que as mercadorias podem ser colocadas nas sacolas que já se tem em casa, ou em sacolas feitas de algum tecido.
Seu Aquiles e Dona Diva Marchesan, moradores do bairro São José, junto com a acadêmica Jéssica Pauletti, recebendo o material explicativo. |
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