terça-feira, 27 de setembro de 2011

Idas e vindas por Realeza

Por Jéssica Pauletti ( Ciências/ UFFS)

Para ir ao comércio e escolas, por exemplo, a população de uma cidade, seja ela grande ou pequena, necessita de meios de transporte para sua locamoção, uma vez que nem todas as pessoas possuem veículo próprio para tal finalidade.

Instigado em saber mais, o Comunica foi pesquisar sobre o transporte municipal de Realeza, que é um município com cerca de 16 mil habitantes (cidade e interiror) e que procura atender ao máximo os realezenses com o transporte.



O transporte desse município é público, tem-se alguns ônibus de empresa privada, mas que servem apenas para completar a frota do transporte público, que assim consegue atender toda a população. No entanto, não é um transporte voltado para a população exclusivamente, mas esta utiliza os horários disponíveis aos alunos do ensino básico e superior.

Para saber mais sobre o assunto, conversamos com Leocádia Andriolli, que é secretária de Educação, Cultura e Esportes, já que o transporte municipal fica aos cuidados da secretaria de educação. Segundo ela, os horários, locais e principais pontos do transporte na cidade são os seguintes:

Horários:

6: 45 horas
 sai do bairro Cooapar- segue a linha pelos colégios João Paulo II, Dom Carlos, ponto na rodoviária, praça, universidade, Escola Independência, bairros Industrial, Marquezi e colégios Dom Carlos e João Paulo II.

11:30 horas
saída das escolas.

13:00 horas
deslocamento dos alunos para as escolas e das pessoas para outros lugares da cidade.

17:15 horas
retorno dos alunos e população para as casas.

18:30 horas
alunos da parte da noite dos colégios e universidade são levados para suas atividades.

22:30 horas
retorno do pessoal à noite para as casas.

                                                                                                            Jéssica Pauletti/ Comunica
Alunos embarcam no ônibus que sai do Colégio Estadual
 João Paulo II, às 11:30
A secretária coloca que o interior realezense também é atendido. Esse atendimento se dá 1 ou 2 vezes na semana, sendo que um ônibus passa nessas localidades para que essa população possa se deslocar até a cidade, pois necessitam de posto médico, mercados, lojas ou quaisquer outros estabelecimentos comerciais da cidade.

Sobre a possibilidade de lotação na cidade (ônibus que circula na cidade em intervalos mais curtos de tempo e que cobra um valor específico para o deslocamento), a secretária Leocádia acredita que os ônibus disponíveis atendem a comunidade realezense de forma geral. Desse modo, ela crê que a demanda populacional não precisa disso no momento, além de a prefeitura não dispor de ônibus e motorista para crescer nesse aspecto.

Com a possibilidade de que, no próximo ano, o campus da UFFS esteja se deslocando para o espaço definitivo, a questão do transporte para os universitários requer uma conversa entre prefeitura e responsáveis pela UFFS/Realeza. Mesmo não havendo nada oficial, a secretária Leocádia espera que, com uma boa negociação, a prefeitura continue a disponibilizar ônibus como faz no momento.

Ouvimos também um dos personagens que ficam atrás do volante. Natair Roque Schmatz é um dos motoristas mais experientes. Ele iníciou seu trabalho como motorista no dia 02 de junho de 1986. Trabalhou 18 anos como caçambeiro e depois passou para o transporte da educação, onde trabalha até hoje. Ele diz que gosta de trabalhar nisso e sua rotina vai das seis horas da manhã até as sete da noite.

Ele conta que são cerca de doze ônibus com seus respectivos motoristas, além de três ônibus particulares, que são contratados para dar conta de toda a demanda necessária. Quando perguntado sobre se os veículos possuem acessibilidade, Schmatz diz que há ônibus adequados para os portadores de necessidades especiais, porém são somente os mais novos.

Tendo em vista a longa trajetória no transporte municipal, Schumatz avalia que este melhorou muito. Ele diz que "toda a população pode ocupar o ônibus que é gratuito e que passa por vários pontos na cidade".

Um outro aspecto importante sobre o transporte é saber o que o usuário pensa. Para Euzébio Canzi, acadêmico do curso de Licenciatura em Ciências da UFFS/ Realeza, o transporte municipal é bom, haja vista que as comunidades do interior são atendidas, pelo mesmo ônibus que transporta os estudantes, de forma gratuita. Euzébio ocupa este transporte para se deslocar de sua casa até a universidade todas as noites e para voltar para casa também, e afirma: "sou bem atendido".

Ele salienta que, para o deslocamento das pessoas da comunidade de Marmelândia (Rio Iguaçú) até a cidade, existe um convênio entre a prefeitura e a empresa de ônibus Cattani. Esse ônibus faz duas vezes ao dia a linha. Os passageiros pagam, porém é um preço bem baixo, cerca de 1 ou 2 reais. As pessoas que moram longe do asfalto vêm até este com o ônibus escolar e depois embarcam em um dos veículos da empresa Cattani para a cidade. Esse convênio contempla, além de Marmelândia, as comunidades de Flor da Serra, Vila Nova, Sertaneja e São Roque e arredores.

Euzébio ainda coloca que para o bairro Alto Boa Vista há um transporte exclusivo. Para entender o que seria esse trasnporte exclusivo, indagamos a secretária Leocádia, que nos informou que como esse bairro fica afastado do munícipio, existe um transporte exclusivo ou próprio que sai especialmente da cidade para buscar os alunos e os trabalhadores. Como são muitas pessoas que vêm somente daquela localidade, o ônibus sempre retorna à cidade cheio, completa a secretária.

Euzébio ainda coloca que para o bairro Alto Boa Vista há um transporte exclusivo. Para entender o que seria esse trasnporte exclusivo, indagamos a secretária Leocádia, que nos informou que como esse bairro fica afastado do munícipio, existe um transporte exclusivo ou próprio que sai especialmente da cidade para buscar os alunos e os trabalhadores. Como são muitas pessoas que vêm somente daquela localidade, o ônibus sempre retorna à cidade cheio, completa a secretária.

A título de curiosidade, os ônibus articulados, os famosos "minhocões", estão em Realeza desde o final de 2008. Os três ônibus vieram de Curitiba e foram adquiridos por meio de leilão naquela cidade.

Para que o direito de ir e vir das pessoas que desejam se locomover dos mais diversos pontos possa ser respeitado, passa a ser um dever do Estado ou município disponibilizar transporte à população. Nos centros urbanos, a quantidade de ônibus que circula é enorme. Nas cidades menores, como é o caso de Realeza, o transporte público é em menor quantidade, porém busca atender sua população com qualidade. Com o crescimento dessa cidade, muitos setores irão se desenvolver e espera-se que o transporte também seja uma das áreas que aumente à medida que a população necessitar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário