Por Marina Maria Rodrigues (Letras/UFFS)
Quando pensamos em Universidade, pensamos em desenvolvimento de ensino, pesquisa, extensão, ciência, tecnologia, profissionais de qualidade, EDUCAÇÃO e FORMAÇÃO. Para muitos, um sonho, uma utopia.
É o que acontece a partir da década de 1980, o sonho de poder cursar uma graduação de qualidade e gratuita se tornou algo muito mais distante do que já era, pois a privatização do ensino superior aumenta cada vez mais no Brasil. Impulsionado e incentivado pelo próprio governo, com base nas tendências neoliberais, o aumento de instituições privadas chegou a alcançar cerca de 340% em 16 anos, de 1994 a 2010, o que mostra o incentivo ao privado e a delimitação ao público (conforme dados apresentados pela UJC – União da Juventude Comunista – em setembro de 2011).
Segundo a UJC, em 2006, no Brasil, havia 248 instituições de ensino superior públicas e 2.022 privadas e em 2010 já passavam de 2.400 privadas. Essas informações estavam contidas no material fornecido pelo I SENUP - Seminário Nacional sobre Universidade Popular, que aconteceu no início de setembro, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, capital gaúcha.
Participaram do I SENUP delegações de inúmeras universidade federais e movimentos sociais de todo o Brasil, sendo a delegação da UFFS composta por, aproximadamente 70 acadêmicos, a maior do evento. O Seminário teve como principal temática debater e refletir sobre o modelo atual de universidade e sobre uma nova proposta de Universidade Popular. Toda a discussão abordada no SENUP era voltada em prol desse novo modelo. Foram apresentadas deficiências do modelo atual de universidade, problemas que, hoje, instituições tanto privadas quanto, principalmente, públicas, vêm enfrentando, como: a privatização da educação; a má qualidade da educação básica que dificulta o acesso a uma instituição pública e de qualidade; problemas com os meios de acesso à educação superior gratuita; pesquisa e extensão voltados para necessidades do grande capital e não para a demanda e o bem popular.
No seminário ocorreram palestras, debates, mesas redondas, aulas públicas e assembleias. Contou com a participação, nas palestras e mesas redondas, de professores renomados e de líderes de grandes movimentos sociais de todo o Brasil. Em todos os momentos em que havia algum debate, a UFFS surgia como um exemplo de universidade com caráter popular, pois ela têm alguns aspectos em comum com este modelo, como as políticas de acesso e permanência; ensino, pesquisa e extensão voltados para a demanda popular; e porque foi criada por movimentos sociais da Região Sul.
Devemos sempre nos lembrar que no Brasil a universidade pública nem sempre é uma universidade para o povo, mas que a UFFS, sim, busca se diferenciar das universidades elitizadas. Como acadêmicos, temos que zelar por esse caráter e fazer com que ele se concretize cada vez mais dentro da nossa Universidade.
O SENUP foi marcante para a história do movimento estudantil da Universidade Federal da Fronteira Sul, pois pela primeira vez acadêmicos dos cinco campi puderam se reunir e debater sobre a própria instituição, conhecer ou ter uma ideia da realidade de cada campus e estabelecer contato entre os próprios alunos.
A UFFS como Universidade Popular
É o que acontece a partir da década de 1980, o sonho de poder cursar uma graduação de qualidade e gratuita se tornou algo muito mais distante do que já era, pois a privatização do ensino superior aumenta cada vez mais no Brasil. Impulsionado e incentivado pelo próprio governo, com base nas tendências neoliberais, o aumento de instituições privadas chegou a alcançar cerca de 340% em 16 anos, de 1994 a 2010, o que mostra o incentivo ao privado e a delimitação ao público (conforme dados apresentados pela UJC – União da Juventude Comunista – em setembro de 2011).
Segundo a UJC, em 2006, no Brasil, havia 248 instituições de ensino superior públicas e 2.022 privadas e em 2010 já passavam de 2.400 privadas. Essas informações estavam contidas no material fornecido pelo I SENUP - Seminário Nacional sobre Universidade Popular, que aconteceu no início de setembro, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, capital gaúcha.
Participaram do I SENUP delegações de inúmeras universidade federais e movimentos sociais de todo o Brasil, sendo a delegação da UFFS composta por, aproximadamente 70 acadêmicos, a maior do evento. O Seminário teve como principal temática debater e refletir sobre o modelo atual de universidade e sobre uma nova proposta de Universidade Popular. Toda a discussão abordada no SENUP era voltada em prol desse novo modelo. Foram apresentadas deficiências do modelo atual de universidade, problemas que, hoje, instituições tanto privadas quanto, principalmente, públicas, vêm enfrentando, como: a privatização da educação; a má qualidade da educação básica que dificulta o acesso a uma instituição pública e de qualidade; problemas com os meios de acesso à educação superior gratuita; pesquisa e extensão voltados para necessidades do grande capital e não para a demanda e o bem popular.
No seminário ocorreram palestras, debates, mesas redondas, aulas públicas e assembleias. Contou com a participação, nas palestras e mesas redondas, de professores renomados e de líderes de grandes movimentos sociais de todo o Brasil. Em todos os momentos em que havia algum debate, a UFFS surgia como um exemplo de universidade com caráter popular, pois ela têm alguns aspectos em comum com este modelo, como as políticas de acesso e permanência; ensino, pesquisa e extensão voltados para a demanda popular; e porque foi criada por movimentos sociais da Região Sul.
Devemos sempre nos lembrar que no Brasil a universidade pública nem sempre é uma universidade para o povo, mas que a UFFS, sim, busca se diferenciar das universidades elitizadas. Como acadêmicos, temos que zelar por esse caráter e fazer com que ele se concretize cada vez mais dentro da nossa Universidade.
O SENUP foi marcante para a história do movimento estudantil da Universidade Federal da Fronteira Sul, pois pela primeira vez acadêmicos dos cinco campi puderam se reunir e debater sobre a própria instituição, conhecer ou ter uma ideia da realidade de cada campus e estabelecer contato entre os próprios alunos.
A UFFS como Universidade Popular
No dia 15 de setembro de 2009, é aprovado o projeto de uma universidade voltada para o povo, um projeto criado por alguns movimentos sociais da microrregião fronteiriça brasileira, à então denominada Universidade Federal da Fronteira Sul, que se diz uma universidade criada para atender a população da região da fronteira, que sofre pela falta de instituições de ensino superior gratuito e de incentivo a formação superior.
Com cinco campi, a UFFS atingiu o Sudoeste e Centro-Oeste do Paraná com dois campus, o Oeste de Santa Catarina com o campus sede em Chapecó e dois no Noroeste do Rio Grande do Sul.
Um dos principais pontos que a diferencia de muitas outras instituições é a sua forma de acesso para ingressar na Universidade, que é pela nota do ENEM, dando bonificação aos alunos oriundos de escolas públicas.
Atualmente, cerca de 96% dos acadêmica da instituição vêm de escolas públicas. Outro aspecto que torna a UFFS com caráter popular é o incentivo ao acesso e a permanência na universidade e a criação de cursos conforme a demanda dos setores populares.
Com cinco campi, a UFFS atingiu o Sudoeste e Centro-Oeste do Paraná com dois campus, o Oeste de Santa Catarina com o campus sede em Chapecó e dois no Noroeste do Rio Grande do Sul.
Um dos principais pontos que a diferencia de muitas outras instituições é a sua forma de acesso para ingressar na Universidade, que é pela nota do ENEM, dando bonificação aos alunos oriundos de escolas públicas.
Atualmente, cerca de 96% dos acadêmica da instituição vêm de escolas públicas. Outro aspecto que torna a UFFS com caráter popular é o incentivo ao acesso e a permanência na universidade e a criação de cursos conforme a demanda dos setores populares.
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