Born This Way: o hino de nossa geração?

“Você pode ser quem quiser, não importa quanto dinheiro você tem ou de onde você vem. Tudo que importa é que você tenha ideias e criatividade.” – Lady Gaga



Capa do álbum “Born This Way” lançado no
dia 23 de maio deste ano. Na foto, a cantora aparece
 em metamorfose com uma motocicleta.




Por Geovane Da Rocha (C. E. Doze de Novembro)

Desde 2008 a cantora Lady Gaga, 24 anos, vem conquistando lugar na mídia graças aos seus dois primeiros álbuns: The Fame e o The Fame Monster. Mas somente em 2011 a cantora consegue chegar a um novo patamar em suas musicas. Lançado mundialmente em maio desse ano, “Born This Way” conta com estilos musicais variados como o jazz, soul, country, ritmos latinos e principalmente, como se repara nas imagens de divulgação, rock 'n roll. Porém, deve-se destacar as suas letras como um dos pontos altos.

A cantora disse que o seu último álbum de estúdio é o hino de nossa geração. E realmente é. As letras, em geral, se empenham na valorização da nova geração e de suas características, focando em temas distintos. Algumas focam nas diferenças étnicas, como Americano, outras defendem o estilo de vida rebelde, como “Bad Kids” e “Highway Unicorn (Road to Love)”, algumas usam os simbolismos religiosos, como “Judas” e “Bloody Mary”, e há também as que têm forma romântica, como “Yoü and I” e “The Edge of Glory”.

Além desses pontos positivos podemos destacar algumas “filosofias de vida” contidas em suas letras. Em “Yoü And I” Gaga destaca na ponte da musica: “temos muito dinheiro, mas ainda pagamos aluguel, pois não se pode comprar uma casa no paraíso”. E, em “Born This Way”, musica com o mesmo nome do álbum, podemos destacar: “eu sou bonita do meu jeito, pois Deus não comete erros”. Em ambas temos frases em que podemos pensar sobre a vida e o modo como a governamos.

Durante o álbum, podemos descobrir quem realmente somos. Quando acabei de ouvi-lo pensei que Lady Gaga falou um eufemismo ao dizer que o álbum é o hino de nossa geração. E ainda penso. As suas baladas trazem uma sensação boa para os ouvidos e te surpreendem com o número de detalhes contidos nelas. Como o álbum deveria ser para toda a população mundial, as musicas não se encontram somente no inglês, o álbum possui quatro línguas, inclusive o português. É por isso que eu diria que Born This Way seria o Thriller da nossa geração, pelo seu peso épico.

Mas como nem tudo são flores, o álbum também tem seus pontos negativos. Músicas como “Judas”, “Blood Mary” e “Black Jesus + Amén Fashion” abordam temas religiosos. Muitas pessoas podem se sentir ofendidos com algumas dessas canções. Isso ocorreu em vários países ocidentais em que elas foram censuradas por ir contra as suas culturas. Mas em sua maioria é por apoiar a liberdade e a diversidade sexual.

Foto do videoclipe de Judas em que Gaga interpreta Maria

 Madalena ao lado de Jesus Cristo (Rick Gonzalez)

 Também tenho que destacar que “Born This Way” pode ser um álbum confuso quando se tem qualquer expectativa, seja de perfeição ou de desastre, graças à mistura de alguns elementos e batidas estranhas. Já quem o ouve sem esperar perfeição se depara com um algo melhor: revolução. É só ouvindo para decidir se ele é o hino de nossa geração. Eu voto que sim, e você?