quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Somos covardes

Por Maria Eduarda Collaço (C. E. Doze de Novembro)

Atualmente, percebemos cada vez mais que o desrespeito com as diferenças em todos os lugares está aumentando. O desrespeito, que antigamente poderia não ser notado, hoje em dia é, na maioria das vezes, percebido por todos, transformando-se em um novo conceito: o bullying. Ele se originou da palavra inglesa bully, que quer dizer valentão. O valentão seria o agente discriminador que pratica atitudes agressivas, verbais ou físicas com o intuito de humilhar outros.


Estas atitudes geralmente são geradas com a percepção do agressor de que a pessoa bullynada não teria reação. Assim, o agressor começa com umas piadinhas, brincadeiras tolas, apelidos, empurrões, até chegar a estados mais críticos, com agressões físicas maiores, podendo chegar à morte.

Mas, por que esses “bullys” começam com tudo isso? Será que eles realmente sabem o que estão fazendo? Os bullys geralmente são crianças, adolescentes ou adultos que querem se sentir poderosos, reprimindo os outros. Eles colocam os outros para baixo, humilhando-os, atingindo, assim, sua felicidade, com o gosto da maldade. Uma felicidade crua, maldosa, desrespeitosa. Talvez também por serem desrespeitados, ou terem sido já bullynados por outros. Assim, com a raiva e o ódio, querem descontar em outros, infelizmente cometendo o mesmo erro.

Os bullys podem se influenciar para impressionar amigos e seguir “a galerinha”. Fazendo qualquer coisa para impressionar e chamar a atenção, indo “na onda” dos outros, eles cometem besteiras pequenas, que jamais imaginariam que afetariam tanto, e que poderiam ficar mais sérias, como lesões cerebrais significativas e o próprio suicídio ou, inclusive, a morte.

Por esses motivos que, mais previamente possível, são necessárias medidas para mudar isso. Essa mudança, na verdade, pode ser fácil, mas, também, muito difícil, devido a essa sociedade em que vivemos, recheada de preconceitos, egoísmo, competição. Mas poderá ser fácil apenas com força de vontade e transformação. Transformação na educação, no convívio, no dia-dia, nos valores criados pela sociedade. Parece que esses valores estão sendo mudados para a decadência, a cada dia, pela sociedade, por todos NÓS que, infelizmente, somos covardes por, muitas vezes, ver isto acontecer e concordar com o silêncio. Não concorde com o silêncio: fale, grite, se revolte, porque este desrespeito começa pelos pequenos atos de indiferença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário