sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Entrevista

Escrevendo uma entrevista pingue-pongue

Por Vanessa Pagno (Ciências Naturais/UFFS Realeza)

Esta entrevista, em estilo pingue-pongue, fala do projeto de extensão desenvolvido pela professora Dra. Neide Cardoso de Moura, na UFFS campus Realeza, no qual ela trabalha com livros didáticos buscando analisá-los na perspectiva de gêneros.

A opção por este tema deu-se pelo fato de estarmos estudando, na disciplina de Educação e Diversidade, do curso de Licenciatura em Ciências, os preconceitos de gênero. Enquanto lecionava uma dessas aulas, a professora Neide comentou que estava desenvolvendo, na universidade, um projeto de extensão, no qual ela buscava analisar os preconceitos de gênero existentes nos livros didáticos de Língua Portuguesa. Acreditei ser interessante escrever sobre esse tema, já que se tratava de um projeto de extensão que envolve não só acadêmicos da UFFS, mas também alunos de escolas de Realeza, e também por abordar um tema, o preconceito, que é uma realidade no Brasil.
 Depois de escolher o tema, conversei com a professora Neide e marquei com ela um horário, no qual eu poderia entrevistá-la. Ainda naquela semana, em reunião com minha orientadora, professora Sabrina Casagrande, discutimos sobre o foco a ser dado para o texto. Ela ajudou-me a formular as perguntas a serem feitas à professora Neide e aconselhou-me a pedir emprestado um gravador da universidade, para que eu pudesse gravar todas as falas, já que, na entrevista pingue-pongue, o adequado é fazer citação direta das respostas dadas pelo entrevistado. A entrevista com a professora Neide foi tranquila. Ela respondeu a todas as perguntas com muita facilidade e, após gravar todas as falas, passei a transcrevê-las.

Ao finalizar a primeira versão do texto, enviei-o para a professora Sabrina, que indicou alguns pontos a serem corrigidos. Para fazer essas correções, tive de fazer mais algumas perguntas à professora Neide, esta que esclareceu minhas dúvidas. Reenviei o texto para a professora Sabrina e ela o enviou para a publicação.

Quanto à ideia da foto do texto, ela foi sugestão da professora Sabrina. Como o projeto ainda estava em fase de implantação, não havia nenhuma foto da execução dele, logo a ideia era identificar a coordenadora, a professora Neide. Já o título escolhido para o texto é, na verdade, um trecho de uma das falas da professora, na qual ela conta que observa muito preconceito de gênero nos livros didáticos, chamando, assim, a atenção para o assunto discutido na entrevista.

Apesar de ter sido tranquila a produção dessa entrevista, eu passei por algumas dificuldades, já que, antes de participar do Comunica, eu ainda não havia produzido nenhuma entrevista em estilo pingue-pongue, mas isso não foi um obstáculo forte o suficiente para me impedir de escrevê-la. Confesso que, no início, tive um pouco de receio e quase desisti de escrever este texto, devido ao pouco contato que tinha com esse gênero textual, mas graças ao que aprendi nas reuniões de estudos do Comunica, e às orientações da professora Sabrina, direcionando-me nessa produção, pude concluí-lo.

Para quem estiver disposto a escrever uma entrevista direta, em estilo pingue-pongue, deixo aqui algumas dicas. Primeiramente, é necessário escolher um tema de destaque, formular perguntas claras e objetivas, transcrever as falas da forma mais original possível, para não interferir em seu significado. Caso alguma resposta não tenha sido esclarecida, e ainda permaneçam dúvidas, é preciso buscar se informar com o entrevistado para que o texto faça sentido. Talvez a primeira experiência com esse gênero textual possa provocar certo estranhamento. No entanto, a partir da prática, podemos aperfeiçoar nossas produções, e essa chance de nos submetermos a constantes produções textuais, visando melhorias em nossa forma de escrever, nos é concedida no projeto Comunica.

A entrevista comentada neste post foi orientada pela Profa. Dra. Sabrina Casagrande e está disponível no link: http://projetocomunica.blogspot.com/2011/09/ainda-ha-muita-discriminacao-ao-sexo.html

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