sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

EDIÇÃO ESPECIAL COMUNICA

Artigo de Opinião

O argumento em ação

 Por Jéssica Pauletti (Ciências Naturais/UFFS Realeza)

O artigo de opinião “De uma simples comunicante para os atuais e futuros professores” procurou expor os anseios de uma estudante de licenciatura que acredita na educação e sabe que, mesmo de forma lenta, o ensino vai ser valorizado, bem como os docentes.

Abordei esse tema, pois escrevi tal texto na semana do dia dos professores, 15 de outubro, e queria, além de fazer uma reflexão com meus caros leitores sobre a profissão de professor, também homenagear os professores que fizeram ou fazem parte da minha vida. Optei pelo gênero "artigo de opinião" por esse permitir uma maior flexibilidade de escrita, tanto em termos de gramática, quanto da negação da imparcialidade do escritor.

Esse é o gênero no qual você pode deixar sua personalidade fluir, colocando sua opinião, seus pensamentos diante do leitor. Ao escrever um artigo de opinião, é necessário dar informações ao leitor e de diversas maneiras, para que ele possa entender o que você quer dizer, entendendo os seus argumentos e, o desejável, convencendo-se deles. As informações são colocadas, é claro, de acordo com o ponto de vista do produtor do texto.

Sempre tive vontade de escrever um artigo de opinião, mas, nesse segundo ano de Comunica, foi a hora que eu tinha certeza que devia escrever, foi um desejo súbito que não tive como negar em fazer. Esse gênero possibilita uma liberdade ao produtor do texto, muitas vezes, não permitida ao se escrever uma notícia ou entrevista, pois, nesses gêneros de texto, o escritor põe foco nas informações e na fala dos entrevistados, deixando a expressão de seu ponto de vista, em tese, oculto.

Ao mesmo tempo em que esse gênero possibilita a parcialidade, ele também deixa o escritor exposto a receber críticas e comentários, o que deve ser visto como um acréscimo no trabalho, pois se alguém criticar, é sinal que leu seu artigo e deve ter pesquisado argumentos mais convincentes aos que o produtor do artigo de opinião coloca no texto. O leitor pode até não convencer o escritor de que o argumento defendido não se sustenta, mas pode deixá-lo com “a pulga atrás da orelha” para escrever os próximos artigos e procurar melhorar a cada texto. Assim, o ato de escrever e saber o que seu leitor pensou sobre o assunto e o texto se tornam um exercício de aprendizagem a todo o momento.

Depois de feita a primeira versão do texto, como de costume, enviei-o para a minha orientadora Sabrina, que deu algumas sugestões para deixar o texto mais claro. Ela também sugeriu duas figuras para serem colocadas no texto. Acatei as sugestões tanto de correção como de figuras. Sobre a função destas, elas permitem que o texto fique com mais vida e mais atrativo ao leitor.

Não encontrei muitas dificuldades ao escrever, por ser um assunto que faz parte do meu cotidiano e que é de meu interesse discutir com as demais pessoas. Deixo as seguintes dicas para quem quem quiser se aventurar em um artigo de opinião: a) é fundamental saber sobre o tema a escrever; b) sem enrolação, ir direto ao ponto que você quer abordar; c) pensar no público ou leitor que quer atingir, para falar sobre o que eles, de fato, compreendam; d) seja simples e objetivo e não queira mostrar aos outros que só porque está escrevendo um artigo de opinião é melhor que o outro; e) coloque informações de diferentes maneiras no decorrer do texto, assim o leitor, em algum momento, entenderá o que você quis dizer; f) não tenha medo de ler várias vezes, cortar pedaços, acrescentar linhas. Após as dicas...comece, erre, pratique, é fazendo que se aprende!

O artigo comentado neste post foi orientado pela Profa. Dra. Sabrina Casagrande e está disponível no link: http://projetocomunica.blogspot.com/2011/10/dia-do-professor.html

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