sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Reportagem testemunhal

 Vivendo a notícia

Por Marina Maria Conchy Rodrigues (Letras Português e Espanhol/UFFS Realeza)

Muitas vezes, temos a sensação de que devemos registar com palavras algo, pode ser até mesmo um evento, uma aula, uma festa ou coisa do gênero. Podemos fazer com que tudo vire notícia, ou então reportagem, foi o que fiz com a minha participação do I Seminário Nacional sobre Universidade Popular – SENUP.

É muito fácil, só exige uma "receita" de reportagem e a vontade de escrever. Com o tempo, a cada texto produzido, você perceberá que a prática da produção de texto se aperfeiçoa a cada dia.

Existem diversos tipos de reportagem, provavelmente você já deve ter lindo alguma, a mais conhecida de todos os tipos é a “reportagem de fatos”, a qual busca relatar de forma objetiva os acontecimentos, de uma maneira mais abrangente. Nela, você deve expressar sua capacidade intelectual e textual; criatividade; e sensibilidade quanto aos fatos. Além dessa reportagem, há outras que podem ser produzidas como a “reportagem de ação” e a “reportagem documental”.

Já a reportagem testemunhal trata-se de um relato objetivo e investigativo sobre algum tema ou um evento, do qual o próprio autor participou e expressa, de forma explícita, a opinião do repórter. O próprio testemunho (não só neste modelo de reportagem, mas em outros também) é uma importante ferramenta para relatos, pois confere maior realismo e credibilidade à narração.

Cada repórter tem seu estilo próprio de escrever, por isso, em muitos casos, há reportagens diferentes mas com o mesmo tema, pois cada profissional tem uma ideologia, um ponto de vista e uma maneira diferente de expor seu ponto de vista.

A diferença entre notícia e reportagem é que a primeira informa os fatos de maneira mais objetiva e pontual. Já a reportagem faz uma investigação mais a fundo, contém comentários, levanta questões além do fato central, discute e argumenta. A reportagem escrita é dividida em três partes básicas: manchete, lead e corpo.

Manchete: também conhecida como "título", tem como objetivo remeter ao que será dito. Além disso, deve despertar o interesse do leitor.

Lead: parágrafo introdutório que tem como função resumir o que será tratado na reportagem, a fim de chamar mais ainda a atenção do leitor. Outra coisa importante, o lead não é separado do texto é o parágrafo que inicia o texto.

Corpo: desenvolvimento do assunto abordado na reportagem, deve conter uma linguagem direcionada ao público-alvo.

A reportagem pode variar seus planos de texto ou seus esquemas. Os tipos mais comuns são o "cronológico", apresenta os fatos na mesma ordem em que eles aconteceram, que é o contrário do esquema da “pirâmide invertida”, no qual os fatos se hierarquizam por ordem de importância, começando o texto pelo fato mais remoto e não pelo mais importante.

Quando participei do SENUP, em setembro de 2011, percebi que era uma ótima oportunidade de escrever sobre o tema, aproveitei a temática central do evento e aprofundei meus conhecimentos. Após essa pesquisa, comparei o modelo de Universidade Popular com a Universidade Federal da Fronteira Sul, o resultado foi uma reportagem testemunhal. Relatei e incrementei a minha participação no I SENUP através de um gênero textual. Você também pode fazer, é só ter oportunidade de relatar com suas próprias palavras a sua participação em algum evento.

Então, essas são as dicas básicas para produzir uma reportagem, é só segui-las e praticar a produção textual que perceberá a melhora em seus texto. Um abraço até a próxima.

A reportagem comentada neste post foi orientada pelo Prof. Ms. Clóvis Alencar Butzge e está disponível no link: http://projetocomunica.blogspot.com/2011/09/uffs-e-universidade-popular.html

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