UFFS/Realeza recebe novo professor do Curso de Ciências, para trabalhar com a disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino de Ciências
Por Vanessa Pagno (Ciências Naturais/UFFS)
O professor Ms. Carlos Roberto França é o mais novo integrante do grupo de professores do Curso de Ciências da UFFS/Realeza. Ele veio para a UFFS neste mês de abril e trabalhará com a disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ensino de Ciências - TICs.
Carlos é natural de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, e diz brincando “Sou Petropolitano, graças à Deus!”. Ele é graduado em Ciências com habilitação em Matemática, pela Universidade Celso Lisboa – RJ, e é Mestre em Informática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ.
Carlos França contou, em entrevista ao Comunica, que iniciou seu Doutorado em Inteligência Artificial na COPPE/UFRJ, em 2008, mas que, após concluir todos os seus créditos, teve que interrompê-lo, em 2011, devido aos seus compromissos docentes em sua antiga instituição, Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Campus Santarém – PA, e pela perda do prazo de qualificação que se exige antes da defesa da tese.
Carlos França tem 19 anos de carreira docente, sendo 17 anos no Ensino Superior. Ele já atuou como professor concursado da prefeitura de Jaru – Rondônia, e como professor da Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Depois retornou ao Rio de Janeiro e atuou, por dez anos, como professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ e como professor da Escola Naval, no Curso de Formação de Oficiais da Marinha do Brasil. Ainda no Rio de Janeiro, Carlos foi professor do Ensino Superior, na Faculdade da Cidade de Macaé, por seis anos e meio.
Em 2009/2010, Carlos foi aprovado no concurso para Professor Assistente da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, Campus Santarém – PA, onde lecionou até março de 2012, quando deixou o cargo para assumir como Professor Assistente da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Realeza, tomando posse em abril deste mesmo ano.
Arquivo Pessoal
Professor
Ms. Carlos França
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Carlos salienta que, antes de ser professor, trabalhava na Indústria de Material Bélico do Brasil – IMBEL, filial Rio de Janeiro, que era ligada ao Exército. Nesta indústria, Carlos trabalhou até que, em 1992, o ex-presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello, resolveu “enxugar a folha salarial do funcionalismo público e demitiu muitos servidores, e me exonerou do exército”, frisou Carlos.
Após o ocorrido, Carlos acabou ficando desempregado e foi convidado por um colega de faculdade para lecionar Ciências na sua escola. A partir daí, Carlos percebeu que adorava lecionar, começou como professor de Ciências Físicas e Biológicas, numa escola particular de Cascadura – RJ, e ainda trabalhava como docente do Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES/RJ, onde trabalhou, durante cinco anos, como professor de Ciências, Matemática e Computação.
“Hoje agradeço ao Fernando Collor de Mello por ter me exonerado naquela época. Nasci para ser professor e só descobri isso por ter sido dispensado da IMBEL e ter tido a oportunidade de exercer uma nova função”, comentou Carlos.
Quanto à sua infância, Carlos salienta que o que mais o marcou foi o fato de serem uma família numerosa, de 13 filhos, com pais semi-analfabetos e sua inclinação para os estudos. “Enquanto todos saiam correndo para jogar bola nos intervalos do trabalho braçal nas plantações, eu corria para os vizinhos em busca de livros velhos de história ou qualquer coisa que eu pudesse ler e conhecer um pouco mais do mundo”, salientou ele. Por ser um leitor compulsivo que gostava de relatar as coisas que aprendia nos livros, e por ser um contador de histórias para os que não sabiam ler, ele era chamado de repórter pelos mais velhos.
De acordo com Carlos, sua relação com acadêmicos e professores da UFFS/Realeza está acima do esperado, pois foi bem recebido pelos professores, servidores e acadêmicos. “Percebi que houve uma aceitação muito boa das minhas propostas de trabalho e colheremos ótimos resultados com as nossas ações articuladas aqui neste Campus e na UFFS como um todo”, frisou.
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