Oficina de música aborda o rock e as transformações sociais na UFFS/Realeza
Por Vanessa Pagno (Ciências Naturais/UFFS)
Faltando dois meses para o I Festival de Inverno da UFFS, as oficinas de música, curta-metragem, fotografia e literatura, que irão auxiliar os acadêmicos em suas produções, já estão acontecendo no Campus Realeza. No último dia 16 de junho, a oficina de música, intitulada “O rock e as transformações sociais”, foi ministrada pelo jornalista e músico Cristian Amaral.
Vanessa Pagno/Comunica
O músico,
Cristian, iniciando a oficina de música
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O tema desta oficina foi escolhido por Cristian, como ele mesmo nos conta, “por pura afinidade”, pois vive o rock n'roll desde os seus 10 anos de idade, o que o deixa mais a vontade para falar deste gênero musical e de seu contexto histórico.
Para dar início à oficina, Cristian conceituou o rock como “um termo que já ultrapassou qualquer fronteira, que pode ser um estilo de vida, forma de se vestir, agir e pensar” .
Depois desta abertura triunfal, o músico passou a falar da origem do rock e de suas transformações sociais. Abordando as características do rock e os movimentos que o influenciaram, como, por exemplo, a cultura dos escravos negros americanos, a invasão britânica, o rock progressivo, a gênese do heavy metal, as megabandas, o glam rock, o punk, o rock no Brasil, dentre outros.
Durante suas explicações sobre as influências do rock, Cristian citou bandas muito famosas e conhecidas, como o pioneiro do rock Robert Jonhson, The Beatles, Nirvana, Elvis Presley, Raul Seixas, Chuck Berry, The Kinds, Paul McCartney, Os Mutantes e Secos e Molhados, no caso dos roqueiros brasileiros, dentre outros.
Depois de comentar sobre os roqueiros que influenciaram na maneira de se fazer rock, Cristian passou a falar sobre as consequências do rock. Dentre essas consequências, o músico comentou sobre: o fim da segregação racial nos Estados Unidos, na década de 1950; os movimentos sociais dos anos 1960, feitos pela população insatisfeita com o conformismo e consumismo, que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, nos EUA, deixando as letras das músicas mais críticas; o movimento Hippie, que buscava a aproximação do homem com a natureza; o verão do amor, em 1967, que era um movimento contra a guerra do Vietnã; os anos 1980, em que o rock deixou de fazer críticas, e foi substituído neste papel pelo Rap; e o rock atual, rock “independente” com a utilização da internet e das novas tecnologias.
Logo após, Cristian falou sobre internet e a pirataria, salientando a quebra das gravadoras e democratização da informação, divulgação das músicas na internet para que todos possam ter acesso. Referente à banalização da experiência musical, Cristian fez uma breve discussão sobre a nivelação do gosto geral, produção com conteúdo de baixa qualidade, falsa rebeldia, ídolos instantâneos e a impessoalidade do MP3.
Para finalizar, Cristian propôs uma reflexão sobre rock e sobre as ideias prévias dos participantes quanto a este gênero musical. Além de convidar a todos para participar desta mesma oficina no próximo dia 21 de junho no Campus Realeza.
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