Por: Jéssica Pauletti (Ciências Naturais)
Em 8 de março comemora-se o dia internacional da mulher, data que
faz alusão às 130 tecelãs que morreram carbonizadas durante
protesto na cidade de Nova Iorque, em 1857, durante uma manifestação
na qual reivindicavam melhores condições de trabalho. Nesta data,
além das comemorações vêm à tona vários debates que ainda
despertam preconceitos na sociedade em que vivemos.
Embalado por esse dia, o Comunica buscou depoimentos de algumas
mulheres em torno da expressão: “o que é ser mulher”:
Salete Pauletti: “Para se sentir mulher, tem que se
valorizar primeiro, para depois ser valorizada. Espaço, direito,
respeito por tudo aquilo que as mulheres fazem”.
Paula Krombauer: “Ser mulher significa ser guerreira, lutar
e nunca perder a esperança que dias melhores virão!”
Andréia Belusso: "Para descrever o que é ser mulher
talvez fosse necessário uma biblioteca com algumas centenas de
exemplares, mas não porque defendo aquele antigo clichezão “que
mulheres são complicadas” , mas porque tenho como manifestação
de meus devaneios que ser mulher não se define mas se vive. Nada em
nós deve ser circunscrito, nem seguir padrões ou normas, não somos
feitas de linhas tênues. As verdadeiras mulheres estão aí nas
Dalilas, Maiaras, Jéssicas, Claudias, Andréias, Josianes e afins
que reverenciam o que não se explica, que se atraem pelo caos, que
sabem o que querem."
Dalila Fabiane Kurpel Gonçalves: “Ser mulher é ter
atitude é saber o que quer, ter audácia, garra, vontade, chorar,
sorrir ter TPM, gritar, ser mulher é poder se Amar, se apaixonar
cair levantar cada vez mas forte. Nós não somos o sexo frágil. ”
Ah, quão são variados os pensamentos femininos! E quantas são as
histórias das mulheres do mundo, quantas batalhas foram precisas
para que hoje, em pleno século XXI, possamos trabalhar, estudar,
votar, festar entre outros verbos associados a esse ser que está a
solta por aí espalhando sua beleza.
Nem todas as mulheres conquistaram seus direitos/desejos, muitas
ainda vivem presas nas incertezas e medos, são submissas a seus
companheiros, algumas violentadas (por meio físico e verbal),
reprimidas e impossibilitadas de realizarem sonhos. Mesmo com as leis
(a lei Maria da Penha é uma delas) muitos desses atos continuam
acontecendo e o que faz o cenário prevalecer? Talvez seja o
medo/insegurança de viver sem o “outro”, desestruturar
famílias, entre outras coisas que acabam influenciando nas decisões
das mulheres.
Afinal, cada uma tem sua história, mas se fosse possível conversar
com cada uma delas e fazê-las compreender o quanto são importantes
e que devem ser mais do que percebidas e adoradas. Quanto orgulho de
pertencer a essa classe que “se vira nos 30” para lidar com
escola dos filhos, administrar seu emprego e casamento, ademais ter
um tempo para cuidar de si mesmo, Ufa! Quanta coisa! Mas elas são
inteligentes/organizadas – e quando apoiadas por alguém
(família/amigos/namorado/marido) conseguem “dar conta” disso.
Esse é um perfil de inúmeras mulheres, mas existem tantos outros
perfis que não seguem os padrões ditos “normais” da sociedade e
são felizes ao lado de companheiras e ainda há aquelas que se
desapegam do luxo de compartilhar a vida com somente uma pessoa e
colocam em prática a lei do “desapego”, vivem alguns casos
esporádicos – mas sem acreditar que terão uma ligação no outro
dia e muito menos um próximo encontro.
E o que isso quer mostrar? Que não importa qual perfil você siga,
e se entender melhor, não siga nenhum perfil dito aqui ou em outro
lugar, crie você mesma o seu estilo/caminho. Afinal, da sua
capacidade nenhum “machista” pode duvidar. Por trás dos mais
diferentes corpos existe uma mulher com cérebro, desejos e
personalidade.
Com carinho,
A todas as mulheres que fazem parte da minha vida!
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