segunda-feira, 1 de abril de 2013

DIA DA POESIA


Uma pequena homenagem a um dos maiores poetas do Romantismo.

Por: Andressa Masetto (Letras: Português e Espanhol)


No dia 14 de março, comemora-se o Dia Nacional da Poesia, por se tratar da data de nascimento de um dos maiores poetas brasileiros, Antônio Frederico de Castro Alves. Ainda jovem, Castro Alves ganhou o título de “Cantor dos escravos”, por ter abraçado a causa da liberdade e abolição da escravatura. Sua obra mais famosa é “O Navio Negreiro.”

Na UFFS Campus Realeza, a equipe da biblioteca organizou uma bela homenagem ao poeta. Na semana da data de nascimento de Castro Alves, toda a comunidade acadêmica teve a oportunidade de expor e ler poesias. 
Andressa Masetto/Comunica
Espaço montado para homenagear o Dia da Poesia.

O varal literário revelou muitos talentos, apesar de alguns autores preferirem manter sua identidade em segredo. A cada poesia, um novo sentimento, uma nova emoção. O evento foi um sucesso e ficou espoto por uma semana no saguão da Universidade.
Willian Moura/Comunica
Acadêmicas do Curso de Nutrição prestigiando o varal literário.

Um pouco de Castro Alves, com um pequeno fragmento do poema Vozes d'África.

Vozes d'África
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...

Qual Prometeu tu me amarraste um dia
Do deserto na rubra penedia
— Infinito: galé! ...
Por abutre — me deste o sol candente,
E a terra de Suez — foi a corrente
Que me ligaste ao pé...

O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino
E morre no areal.
Minha garupa sangra, a dor poreja,
Quando o chicote do simoun dardeja
O teu braço eternal.
Minhas irmãs são belas, são ditosas...
Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
Dos haréns do Sultão.
Ou no dorso dos brancos elefantes

Embala-se coberta de brilhantes
Nas plagas do Hindustão.

Por tenda tem os cimos do Himalaia...
Ganges amoroso beija a praia
Coberta de corais ...
A brisa de Misora o céu inflama;
E ela dorme nos templos do Deus Brama,
— Pagodes colossais...[...]










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