Acadêmicos da 4ª fase de Ciências da UFFS Campus Realeza
participam de mesa-redonda voltada à inclusão
Por Vanessa Pagno
(Ciências/UFFS)
No dia 22 de março de 2013,
acadêmicos da 4ª fase de Ciências participaram de uma
mesa-redonda, ministrada pela Professora Ms. Jane Terezinha Donini
Rodrigues, da UFFS Campus
Cerro Largo. Com foco na perspectiva de inclusão nas escolas, esse
evento fez parte do encerramento da disciplina “Necessidades
Educacionais Específicas”, ministrada pela professora Dra.
Cristiane de Quadros e pelos professores Ms. Derlan Trombetta e Dr.
Jackson Cacciamani.
Vanessa Pagno/Comunica
A professora Jane fora convidada para promover essa discussão por suas diversas especializações na área da inclusão: ela é pedagoga com especialização em docência de Libras, Mestre em Educação e doutoranda na mesma área. Além disso, fez parte das discussões que geraram a construção das políticas de inclusão no Brasil.
Em conversa com o Comunica, Jane
atribui o interesse que percebeu por parte dos alunos nas discussões
trazidas por ela ao fato de sua fala ter sido constituída de relatos
de suas vivências no universo da inclusão.
O Comunica também conversou com
a professora Cristiane, que ressaltou que as discussões dentro da
disciplina de “Necessidades Específicas Educacionais” foram
direcionadas para a perspectiva da inclusão, pensando não somente
nas pessoas com deficiências e na marginalização social que têm
sofrido, mas também construindo compreensões acerca de outros
contextos, como o da Educação no campo, numa perspectiva popular,
além de discutir a Educação de jovens e adultos (EJA), pensando na
distorção idade-série, que acaba interferindo em sala de aula.
A professora Cristiane salienta
que, desde o início, a ideia era de fechar essa disciplina com um
diálogo com outros profissionais que tivessem especializações em
algumas das temáticas abordadas em sala de aula, para que, dessa
forma, pudessem fazer o encerramento desse componente com uma
discussão diferenciada, em outras perspectivas, com pessoas da área,
para, justamente, construir um olhar diferente para as discussões já
abordadas.
Sobre suas impressões acerca do
evento, a Professora Cristiane frisa que, “na perspectiva que essa
mesa-redonda foi pensada, com certeza atendeu às expectativas, já
que conseguiu trazer a discussão da inclusão de uma forma
diferenciada, que conseguiu envolver e mobilizar os alunos quanto ao
tema”.
Em conversa com o Comunica, a
acadêmica Tatiane Dezordi, da 4ª fase de Ciências, salientou que a
mesa-redonda, com certeza, foi de grande relevância para a formação
docente do grupo de alunos que cursaram a disciplina “Necessidades
Específicas Educacionais”, além de auxiliar no processo de ensino
aprendizagem, já que foram discutidas diversas temáticas de
inclusão, “muito bem abordadas e exemplificadas pela professora
Jane”.
O Comunica também conversou com
a acadêmica Francislainy Squena, da 4ª fase de Ciências, que
salientou que o momento da mesa-redonda foi bastante importante, pois
na ocasião foram narradas experiências vividas pela professora
Jane e pelo público presente; a partir dessas narrativas, pode-se
ter uma noção maior de como ocorre o processo de inclusão na
prática, sendo possível associá-la com a teoria vista em sala de
aula durante o semestre, considerando que, certamente, essa
realidade estará presente nas escolas.
Francislainy ainda comentou
que, devido à relevância dos conteúdos discutidos durante a
disciplina de “Necessidades Educacionais Específicas” para a
formação em um curso de licenciatura, a disciplina merece mais
créditos. Por outro lado, a acadêmica frisa que, “apesar de [a
disciplina] ser ministrada em um pequeno período, foram
problematizados assuntos que causaram curiosidades, como, por
exemplo, a realidade da 'inclusão' de alunos com deficiência
(visual, fono auditiva, motora, mental e intelectual), além de
incrementar conhecimentos sobre a educação do campo e do ensino de
jovens e adultos”.
Juciane Formal/UFFS
Professora Jane e acadêmicos da 4ª Fase do Curso de Ciências Naturais. |
A professora Cristiane ainda
frisa que apesar de essa disciplina ter sido realizada em apenas nove
encontros, já é uma iniciativa para se desmembrar em novos debates
e discussões. Além disso, destaca a “importância de começar a
criar uma cultura dentro da universidade, que pudesse olhar para
esses temas, não com um olhar de diferença ou de indiferença, mas
olhar como uma possibilidade de fazer um trabalho diferenciado, numa
perspectiva diferenciada”. Isso considerando que quanto mais cedo a
comunidade acadêmica passar “a estudar sobre esses temas, maior
será o ganho de todos os envolvidos, em todos os sentidos, e
principalmente a educação tem muito a ganhar com essas discussões,
pois, como fora relatado durante a mesa-redonda, ‘são coisas
simples que podem fazer toda a diferença’”.
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