terça-feira, 26 de abril de 2011

Comunica recebe: Diêh, o chargista da UFFS

 “É ele o cara das charges”
O entrevistado acredita ser reconhecido dessa forma pelos acadêmicos do Campus

Por Jéssica Pauletti (Ciências/UFFS)

Quem disse que só textos podem comunicar algo? Para contrariar essa indagação, o Comunica entrevistou o mais recente “famoso” da UFFS, Dieison Telles Dolinski, o chargista Diêh. Espera-se que desse modo todos da universidade possam conhecê-lo e apreciar de forma mais abrangente a arte desse simpático graduando de Licenciatura em Ciências e realezense de 18 anos.

Autorretrato de Diêh

 Com o apelido carinhoso dado pelos seus amigos, o chargista diz que assina os seus textos como Diêh ou Dick, desde seus 14 anos, época em que começou a desenhar. Seus trabalhos tiveram início quando ele estava em um cursinho de desenho usando grafite, mas desistiu na metade, só fez 5 meses. Segundo ele, por “falta de vontade”, o que não o fez parar de desenhar. Perguntado se haveria alguma inspiração específica para suas obras, Diêh diz que “depende do momento, do que vou desenhar, é tudo relativo”.

Sobre a opção por colocar caricaturas em suas artes, o chargista admite que sempre gostou de tirar uma “ondinha” de seus amigos, professores e colegas, mas sempre de forma sadia, e que por meio das caricaturas isso é possível. Do mundo dos chargistas mais badalados, Diêh gosta de Maurício Ricardo.

Questionado a respeito da remuneração pelos desenhos, o chargista Diêh comenta que para os amigos não cobra, afinal é uma forma de presente, sem dinheiro e, completa,“tenho isso como hobby”. Além disso, ganhasse dinheiro pelo seu trabalho isso poderia tirar sua liberdade de expressão bem como sua autonomia para fazer o que lhe seja conveniente, e isso o mesmo não quer.

A ideia de colocar os desenhos no mural da UFFS foi dele e de sua amiga Rayane, pois ele passava pelos corredores e via os folhetos na parede só com informações sérias, e aquilo o estava cansando, então a intenção dos desenhos conforme Diêh era “quebrar a seriedade dos murais” e se fosse possível descontrair os acadêmicos. Assim, segundo ele, os desenhos que vão para os murais estão relacionados com os acontecimentos diários e que podem render uma boa sátira. Além dos murais da universidade, ele publica as charges no Orkut e Facebook.

Perguntado a respeito da repercussão das charges pelos corredores universitários, Diêh acredita que as obras estão sendo bem recebidas, ele diz que é legal estar andando e o pessoal dizer “é ele o cara das charges”. Apesar de nem todos os admiradores não conhecerem o Dieison, mas conhecem o “cara das charges” e para ele isso já está bom. Ele acredita que as charges dentro ou fora da universidades podem ser consideradas uma forma de comunicação, pois “nas entrelinhas delas existe uma mensagem, uma alfinetada ou algo desse tipo” enfatiza.

Sobre sua charge favorita, Diêh diz ser a “The End”: “Gosto dessa porque vai chegar um momento em que o SENHOR G não vai mais ter festa nenhuma para ele acabar, então festinhas de criança seria uma boa opção”.


 “The end”


Para evidenciar seu bom humor ao final da entrevista, o Comunica solicitou que Diêh deixasse algum comentário ou recado e ele aproveitou o momento para deixar seus agradecimentos que foram exprimidos dessa forma: “Queria mandar um abraço à minha mãe, ao Trevas, à Rayane, à Josy e em especial pro meu fã club DIÊH LOVER'S e dizer pras minhas fãs que tenham calma que tem Diêh pra todo mundo”. Portanto pode-se considerar Diêh um artista que não esquece de ninguém, como pode ser observado.

A acadêmica de Ciências Maiara Vissoto, falou ao Comunica a respeito das charges no Campus. Ela diz que gosta das charges, porque elas expressam de forma sarcástica e engraçada o que acontece na realidade dos acadêmicos da UFFS – Realeza: “Os desenhos são incríveis”, enfatiza a acadêmica. Além disso, Maiara espera que as charges sejam fonte de inspiração para mais alunos publicarem atividades criativas e interativas.

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