quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cor de mel com negro

Por Maria Eduarda Collaço (Colégio Real)

Contra suas pernas seus cabelos batem. Chicote de marcação para a luta da liberdade.
Tictacs trêmulos por invasão de micro bichos.
Mini borboletas amarelas cercam, vivem.
Um som urbano nada tranquilo vem com suas brutas ondas até seus grandes sensitivos receptores.
Mastigação completa, nada além. Tritura o verde gostoso.
Arvores brancas, podres, cáctas. 

Quatro cavalos, soldados serventes pela comida. Como soldados ensinados desde pequenos.
Temos chicotes, fortes armas pernais, liberdade?
Talvez mais que outros, o bom para nós. Opção? Não.
Estamos cercados pelo mundo. Não há onde se esconder. Talvez com a coragem, rebeldia dos nossos primeiros segundos de vida.
Quando o estar deixar de ser bom e ir para a decadência. Quando deixar de ter segundos momentos de uma achada felicidade.

Um griiii, dos grilos perseguem seus ouvidos. Gralhas azuis pretas nos fazem companhia comendo o seco do mato.

Um sinal. Desce pelos músculos rígidos,
manchas brancas em patas.

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