terça-feira, 28 de junho de 2011

UPE realiza congresso e conta com boa representação estudantil

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 Estudantes paranaenses reunidos na plenária final, ocorrida no domingo (19/06).

Por Jéssica Pauletti (Ciências/UFFS)

Cerca de 400 estudantes de faculdades particulares e universidade estaduais e federais do Estado do Paraná estiveram reunidos na cidade de Londrina, nos dias 18 e 19 de junho no 43° Congresso da União Paranaense dos Estudantes (CONUPE). Os grupos de discussão foram concentrados na Universidade Estadual de Londrina (UEL), na oportunidade os estudantes paranaenses tiveram a possibilidade de debater temas como movimento estudantil, educação brasileira, conjuntura política, comunicação, meio ambiente entre outros.

Dentre as discussões, prevaleceu o debate relacionado com a necessidade de melhorar a educação e ajudar o Brasil a se tornar uma nação mais próspera. Os estudantes querem que o ensino, seja na área privada ou pública, vise proporcionar uma reflexão sobre os interesses do Estado, que possibilite uma integração com a comunidade e que atenda as demandas do povo.

Além dos debates, houve também a eleição da nova diretoria da União Paranaense dos Estudantes (UPE) para os próximos dois anos. As resoluções das discussões serão defendidas pela nova gestão que será comandada por Rafael Bogoni, estudante de História da UFPR e de Administração da Faculdade Camões, sediada em Curitiba-PR. Junto com ele, outros estudantes do Estado também atuarão na diretoria, foram cerca de 165 delegados que votaram na chapa “UPE na Rua” que também tem o apoio de outras correntes como o “Movimento Mudança”, “Kizomba” entre outros.

A bandeira que se seguiu nesse congresso é do movimento “Transformar o sonho em realidade”, que será levado ao 52° Congresso da União Nacional dos Estudantes em Goiânia no próximo mês. E tudo que for aprovado nessa oportunidade será levado ao Congresso Federal em forma de propostas para serem implementadas no Plano Nacional de Educação (PNE), que está em discussão por todo o Brasil.

Esse movimento busca fazer as pessoas, e principalmente os jovens estudantes, a saírem do sonho e garantir ao povo os direitos de acesso à educação, saúde, cultura. De acordo com os princípios desse movimento, para quem não foge à luta, esses são passos que os fazem caminhar rumo à construção de um país diferente, soberano, com desenvolvimento sustentável e distribuição de renda.
Algumas propostas do movimento “Transformar o sonho em realidade” são:
  • Ampliar progressivamente o investimento público em educação, iniciando com a aplicação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) de forma imediata e de 10% até 2014.
  • Lutar pelos 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação no PNE. Recursos que ajudarão atingir os 10% do PIB.
  • Aprimorar ENEM-SISU, através do diálogo das universidades e entidades educacionais com o governo. 
Para falar mais sobre o congresso da UPE, o Comunica conversou com Lorena Dantas Abrami, acadêmica do 2º Ano de Serviço Social e que faz parte da Gestão Fraternidade Estudantil do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ela nos conta que é importante participar dos eventos promovidos pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Estadual dos Estudantes (UEE's), pois servem para fomentar os debates, para conhecer mais de perto a realidade das outras universidades e faculdades que estão no evento reunidas, com o mesmo ideal, que é fazer um movimento estudantil sólido lutando sempre por uma educação de qualidade. Lorena destaca que a importância desses congressos está principalmente no diálogo, na troca de informação e de ideias, de posicionamentos, só que tudo só será relevante se isso for trazido para dentro de cada universidade e faculdade ali representada.
Quando questionada sobre como vê o movimento estudantil de hoje, ela aponta que o movimento estudantil está fragmentado em coletivos, com vinculações partidárias e isso, muitas vezes, pode gerar boas ou más alianças. Além dele estar fragmentado nessas forças, também é pequeno interesse do estudante em ser, de fato, representado pela UNE, pelas UEE's de seus estados, pelo seu DCE, seu CA ou DA. Ela afirma que “muitos não entendem essa conjuntura, é um aspecto, que eu diria, até cultural do brasileiro, não se interessar por política, e essa realidade precisa começar a mudar... Estamos atrasados!”.
Para mudar a realidade, Lorena Abrami acredita que é preciso pensar num movimento sem tanta briga de interesses políticos e buscar a essência dele, que é a assistência estudantil, que é a educação para todos e de qualidade. Ela diz que para se conseguir pensar nesse movimento, os congressos são novas portas que se abrem, não só de aprendizado externo sobre a conjuntura do movimento estudantil, da política e das outras realidades. Além disso, destaca Lorena, existe um enriquecimento como ser humano, pois é a oportunidade de se rever alguns conceitos e posicionamentos: “Muitas vezes esse aprendizado não vem de bandeja, você entra em conflitos, você discute, você se altera, mas é parte de um processo para evolução”.
Para finalizar, Lorena Dantas deixa os parabéns a nova gestão da UPE, que, em menos de uma semana, está renovando suas formas de atuar. A Comunicação da UPE, por exemplo, que estava super defasada e abandonada, está voltando e está criando pontes importantíssimas com os DCE's. Ela lembra que é importante também pensar a forma de representatividade das Atléticas - organizações de acadêmicos de um mesmo curso que se organizam formando times para participar de jogos esportivos de ensino superior e também mobilizam festas – que está começando a ser construída. Essa gestão da UPE será uma gestão de laços se fortalecendo, de união, de muita luta, garra, uma UPE de fraternidade estudantil, conclui Lorena.
Para mais informações desse congresso e da UPE, visitem o seguinte endereço:

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