Gestão Comercial: o curso que talvez faltava no campus
Por Willian Moura
Fotos Claúdia Nenning
“Oi, sou uma revendedora AVON, que, aliás, este mês está com promoções imperdíveis!” É o que diz a acadêmica do Curso de Medicina Veterinária Tanize Angonesi. “Minha mãe foi quem me incentivou a vender Avon na faculdade, me dava conselhos do tipo: ‘filha, deixe o livro em cima da sua carteira como quem não quer nada...’ e isso foi o que impulsionou a minha entrada no mundo Avon.” Com muita insistência, e depois de frases como a do início do texto, as pessoas começaram a comprar seguidamente produtos dela, “como é o caso da Dona Neide da Cantina”. Entusiasmada, Tanize finaliza: “esse é um negócio que a médio prazo me deixará ryca, rycaaaaa”.
Mas se engana quem acha que na UFFS ocorre apenas o “típico comércio das revistinhas”. Durante os intervalos das aulas do Curso de Ciências, é comum se ver um aglomerado de gente provando roupas, calçados, bijoux e sentindo a essência de diversos perfumes.
Mas se engana quem acha que na UFFS ocorre apenas o “típico comércio das revistinhas”. Durante os intervalos das aulas do Curso de Ciências, é comum se ver um aglomerado de gente provando roupas, calçados, bijoux e sentindo a essência de diversos perfumes.
“A típica hora do Rush” |
No meio dessa muvuca, o Comunica conversou com a acadêmica Cleunice Baifus, que, de uma maneira bem divertida, nos contou um pouquinho sobre como começou a trazer seus produtos para vender na faculdade: “Moro em Santa Izabel do Oeste e trabalho como vendedora em uma loja de calçados e confecções. Quando as meninas descobriram que eu vendia roupas lindas e baratas, ficaram ‘loucas’. Então, comecei a trazer para vender aqui, onde conquistei clientes fiéis.” Por fim, diz que, como os acadêmicos estão sempre gastando muito dinheiro em xérox, é o tipo de mercadoria que todo mundo procura: “bom, bonito e barato”.
Eliana Pelegrini, uma das clientes assíduas da Cleunice, nos conta: “Desde que descobri que a Cleunice vendia roupas, comecei a comprar dela, pois, além de serem muito baratas, as roupas são bonitas e de boa qualidade, além de a Cleunice ser uma ótima vendedora.”
Acadêmicas dando uma olhadinha nos preços das roupas. |
“Em uma das viagens ao exterior, decidi trazer maquiagens e perfumes para vender a pronta entrega. Entrei para a UFFS logo em seguida e, ao mesmo tempo, comecei a trabalhar. Como meu emprego é temporário, e não dá uma renda das melhores, continuo vendendo minhas coisas, tendo maquiagens, perfumes, cosméticos e acessórios”, é o que conta a acadêmica de Ciências Alana Soares, que também mora em Santa Izabel do Oeste. “Tanto dentro como fora da Universidade, as pessoas estão cada vez mais vaidosas, e vi neste sentido uma forma de conciliar o que gosto de fazer com uma oportunidade de trabalho. Está dando certo! Em breve pretendo abrir uma loja. Nada melhor do que não precisar ver a cara do chefe todos os dias! Hehe”.
Esta é a realidade que ocorre por entre os intervalos das aulas, nos cursos de várias universidades. Todavia, é necessário dar uma “cobradinha básica” naquelas pessoas que acabam “enrolando” um pouco para pagar. Nessa vida de corre-corre, nada mais certo do que fazer um “bico” para ajudar no final do mês. Uma graninha extra é sempre bem-vinda, principalmente para nós, universitários que sempre estamos naquela pindaíba.
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