quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Porque não valorizar nos 365 dias?

Apenas um dia em respeito aos professores pode ser considerado supérfluo diante de seu trabalho

Por Jéssica Pauletti ( Ciências Naturais/ UFFS)


Quantos realmente entendem o significado e a importância do professor? Em vários espaços da sociedade muitas homenagens são prestadas a essas figuras no seu dia, mas e no restante do ano? Na intenção de saber o que pensam, lembram e compreendem a respeito do ser professor, o Comunica conversou com vários acadêmicos das licenciaturas de Letras e Ciências das diferentes fases dos cursos, no Campus Realeza. 

Perguntamos a esses licenciandos sobre as lembranças da escola, da relação com os professores, das aulas, bem como sobre por que escolheram cursar licenciatura. Ademais, procuramos entender o que os docentes da UFFS representam para esses futuros profissionais e o que eles acreditam que a figura do professor representa para as pessoas de forma geral. 

Das lembranças... 

Em termos de lembranças dos professores, da relação professor – aluno, duas acadêmicas deram seu parecer. Eduarda Wolf, da 4a fase de Ciências, diz que lembra de diferentes tipos de professor que, na visão dela, eram entendidos como bons ou maus professores, isso dependia da metodologia que eles usavam, da postura em sala, dos exercícios, correspondência com o domínio de conteúdo e relação das atividades com o cotidiano. A estudante Cláudia Grzegozeski, também de Ciências, nos disse que as lembranças de professor são boas em todas as etapas do ensino. Ela lembra especialmente de uma professora do ensino médio: “a didática de uma professora de física era ótima tanto dentro como fora da sala, ela colocava sua autoridade, sem isso ser percebido”. Devido a essas condições, Cláudia, que está na sexta fase da Licenciatura, diz que quer seguir a carreira de docente em Física, seguindo os caminhos desse exemplo apontado por ela. 


Por que escolheu a licenciatura... 

Todos os acadêmicos dos mais variados cursos já devem ter se deparado com a clássica pergunta: Por que escolheu cursar esse ou aquele curso? As respostas são as mais variadas. No caso das licenciaturas, Maiara Fantinelli de Ciências e Débora Karina Aiala de Letras falam com prazer sobre a escolha nessa área. Maiara diz que se identifica com a profissão docente, e considera uma das profissões mais incríveis e gratificantes. Além disso, coloca que a oportunidade de formação inicial para a docência é única e, por isso, é preciso dedicação e sensibilidade para trabalhar com a educação. Finaliza ressaltando “não serei professora por profissão, mas por vocação!”. Já Débora afirma que escolheu a licenciatura por pensar que ser professor é maravilhoso, a arte de aprender e ensinar para ela é tudo. Ela diz que a escolha da licenciatura significa o amor aos estudos e ao conhecimento contínuo. 


Os professores da UFFS... 

Os licenciandos da UFFS estão em processo de formação e, provavelmente, os exemplos dentro da universidade podem trazer implicações no exercício da profissão desses futuros docentes. Aline Piva de Ciências fala ao Comunica que os docentes da UFFS são “profissionais de extrema importância em nossa formação repassando da melhor maneira possível os conhecimentos e experiências vivenciadas, buscando uma melhor qualidade no ensino”. Para Daíze Raquel, de Letras, “alguns são fonte de inspiração e exemplo a ser seguido, tanto pela sua história quanto pelo seu conhecimento”. 


A figura do professor... 

Na sociedade várias são as concepções sobre o ser professor e diversa é a valorização que os professores recebem. O certo é que esses profissionais, de uma forma ou outra, têm um papel na vida das pessoas. As acadêmicas Dioni Angelin e Andreia Belusso, ambas de Ciências, falam a respeito disso. Dioni entende a figura do professor como sendo muito importante, pois ele é capaz de despertar o interesse dos alunos em certos assuntos que muitas vezes passariam despercebidos. Ela ainda coloca que eles “contribuem para a formação ética e crítica das pessoas”. Andreia entende que o professor é o responsável por auxiliar na passagem de obstáculos que uma sociedade capitalista e alienada apresenta às pessoas, apesar de alguns educadores não seguirem isso, existem “aqueles que se dedicam ao verdadeiro ato de educar sabem que são responsáveis por formar consciências e não apenas repetir o conhecimento já existente”.

Por meio desses diferentes depoimentos, que de alguma forma se ligam ao professor, percebe-se o quanto esse profissional pode implicar nas escolhas do presente e futuro dos alunos, o quanto a figura de um professor é marcante, ficando nas lembranças. Dos vários obstáculos que precisam ser enfrentados – políticas dos governos, estruturas, burocracias – se sobressai a vontade de ensinar e aprender, de estar em contato com pessoas e dispor de uma relação que permite extrapolar os limites da sala e constituir pessoas mais humanas.


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