Por Jéssica Pauletti (Ciências)
Falar em
educação é sempre complicado e complexo para alguns; outros associam somente a coisas
ruins ou como a única forma de salvar as pessoas e, mais especificamente, o
povo brasileiro.
Comentários à parte, toda a forma de educação merece atenção
e dedicação de indivíduos preocupados em fazer a diferença. Isso ainda fica
mais visível ao tratarmos da Educação Ambiental (EA), uma área que aos poucos
ganha espaço e discussão nos diversos campos da sociedade e nas literaturas
existentes. Trata-se de um campo preocupado com as ações, a interação, os
processos existentes entre homens e o meio ambiente.
Nesse
sentido, desde meados de outubro, começaram os trabalhos do Biodiversa: Grupo
de Estudos em Educação Ambiental da UFFS - Realeza. O nome Biodiversa
refere-se às diversidades de ambiente e de cultura, uma vez que a ideia é
trabalhar a EA voltada à natureza e às representações sociais. O objetivo
central deste grupo de estudos é construir um conhecimento acerca da EA baseado
em marcos teóricos.
O
Comunica, entendendo a importância do
assunto, foi saber mais a respeito de como funciona, quem participa, quais as
perspectivas desse grupo na UFFS. O grupo é coordenado pelas professoras
Cherlei Marcia Coan e Caroline Voltolini, docentes do curso de Licenciatura em
Ciências: Biologia, Física e Química da UFFS/ Realeza. Ambas possuem interesse
em linhas de pesquisa relacionadas à Educação Ambiental e Formação de
Professores e vêm, ao longo do seu processo formativo, desenvolvendo trabalhos
de pesquisa e extensão nestas áreas.
Por conta disso, surgiu o interesse das
professoras de trabalhar juntas visando a qualificar o trabalho de EA a ser
desenvolvido na região sudoeste do Paraná. Neste ano, foi aprovado um projeto
de Iniciação Científica que está em andamento e tem por objetivo caracterizar
as experiências significativas de EA desenvolvidas nas escolas públicas que
atendem a alunos dos anos finais do ensino fundamental no município de Realeza.
Uma das finalidades da constituição do grupo é promover a participação e
interação dos acadêmicos nesse assunto, o que facilitará a inclusão da EA em
outros projetos da UFFS.
As
professoras Cherlei e Caroline explicam melhor a importância desse tema, ao
colocar que a EA busca a formação de cidadãos conscientes das relações que se
estabelecem entre a sociedade e o ambiente. A Política Nacional de Educação
Ambiental (Lei n0. 9,795, de 27 de abril de 1999) amplia a concepção
de meio ambiente ao incorporar aspectos socioambientais e culturais aos
aspectos biológicos. Nos artigos 9 e 10, a Lei torna obrigatório tratar a
dimensão ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, mas ela não
deverá ser implantada como disciplina específica no currículo das Escolas de
Educação Básica.