Por
Jéssica Pauletti (Ciências Biológicas)
Os
jogos universitários são praticados há muito tempo nas
universidades/faculdades do mundo, é um dos momentos mais aguardados
da vida universitária, talvez perca apenas para a formatura, mas não
arrisco dizer totalmente. Afinal, a rotina dos livros, cadernos, sala
de aula é interrompida por alguns dias de lazer, oportunidade de
conhecer outras pessoas, poder conversar de perto com alguém com
quem normalmente só falamos pelas redes sociais, é o momento de
socializar.
A
UFFS, no início de outubro, levou mais de 800 acadêmicos dos seus
6 campi para a cidade-sede, que esse ano foi Realeza/PR, para a III
edição do Jogos Universitários da UFFS (JUFFS). Foram muitas
modalidades disputadas, tanto em modalidades coletivas como
individuais, sendo que cada uma possui especificidades. A cada jogo
em quadra, na corrida de rua, na concentração do xadrez, uma emoção
diferente. E as torcidas, um espetáculo à parte, com músicas e
barulho suficientes para “tremer o adversário” e encantar todos
os presentes.
Alguns participantes do Comunica estiveram presentes em diferentes momentos desse JUFFS e nada mais justo do que escrever um texto falando sobre isso. Mas nada de formalidade, pois isso já foi publicado no site da UFFS ou em outros jornais locais. Assim, pedimos a um representante de cada campus para que desse seu depoimento, que falasse sobre os jogos de uma forma geral e como eles se relacionam com a vida acadêmica.
Em
cada fala, há algo especial; as palavras descrevem ou expressam o
sentimento desses atletas pelos jogos. Vamos destacar o nome do(a)
atleta, modalidade de que participou e os depoimentos com nossos
comentários.
Para
Aron Scapinello Selhorst, acadêmico de Ciência da Computação e
jogador de basquete do campus Chapecó (SC), a elaboração de jogos
entre os campi trouxe diversas contribuições, como, por exemplo, a
oportunidade de conhecer novas pessoas e culturas, fazer novas
amizades. Segundo ele, praticar esportes, sejam eles individuais ou
coletivos, faz com que tenha uma maior interação com outras
pessoas. Além disso, mantém ou melhora o condicionamento físico e
mental, diminuindo as chances de lesões no corpo e aumentando a
capacidade de raciocínio em diversas atividades.
Com
o JUFFS, particularmente na modalidade de basquete, ele percebeu como
é importante o trabalho em equipe, o condicionamento físico, o
treino técnico e tático da modalidade, os alongamentos antes e
depois dos jogos, o cuidado com hidratação, a rivalidade, mas, o
mais importante, a vontade de jogar e conseguir ganhar cada jogo,
respeitando o próximo, sendo honesto e educado.
Já
para a acadêmica Michele Peinhopf, do curso de Arquitetura e
Urbanismo, do campus de Erechim (RS), que competiu no xadrez, apesar
de muita gente criticar a realização dos jogos universitários,
pelos motivos mais diversos, na opinião dela, são durante estes
dias de encontro que muito além de apenas praticar um esporte,
tem-se a oportunidade de conhecer muita gente nova, e firmar amizades
que perpetuam por muito tempo.
Como
ela participa do evento desde sua primeira realização, também pode
acompanhar as evoluções que o mesmo teve, melhorando muito de lá
até aqui. E, além disso, fica claro para todos que o objetivo
principal do JUFFS é muito maior que um campus levar ou não o
troféu geral para sua cidade, mas sim, integrar e unir diferentes
alunos que mais do que ganhar, estão ali para se divertir também. A
relação com a vida acadêmica se dá pelo fato de se aprender a
competir, se desapegando da ideia de que somente as vitórias contam
e que o individual é mais importante que o coletivo; as experiências
pessoais que são permitidas a cada um dos que estão ali são
memórias que serão levadas para sempre.
Do
Rio Grande do Sul também, da cidade de Passo Fundo, quem falou foi o
acadêmico de Medicina, Kleber Augusto Gabriel, o qual representou o
campus “calouro” no JUFFS, pois é a primeira vez que participa
da competição (uma vez que o campus só foi fundado esse ano com a
política de expansão da universidade). Ele jogou xadrez e disse que
gostou muito da experiência, foi muito bem recebido e acolhido e fez
amizades tanto com pessoas da UFFS quanto munícipes de Realeza, com
os quais mantém contato até hoje. Relacionando com a vida
acadêmica, Gabriel fez do JUFFS um verdadeiro “laboratório ao ar
livre”, pois, de maneira informal, ele conversava com diferentes
pessoas acerca da vida/saúde, fazendo dessa oportunidade um momento
de aprendizado para a sua vivência como futuro médico.
Mais
um gaúcho prestou seu depoimento ao Comunica, é o acadêmico de
Engenharia Ambiental,
Ramone
Souza, da
cidade Cerro
Largo, noroeste do
RS. No evento, ele participou como jogador de futsal. Segundo
ele o
incentivo à prática esportiva é hoje uma das maiores necessidades
que a sociedade enfrenta para combater o sedentarismo, a hipertensão
e outras doenças relacionadas à falta de exercícios físicos. É
nesse sentido que a Universidade Federal da Fronteira Sul realiza
anualmente o JUFFS, que são jogos de grande importância para a
formação acadêmica e pessoal dos alunos da UFFS. A edição deste
ano foi realizada em Realeza – PR e, para mim, foi essencial para o
ano letivo, pois além da integração, socialização e lazer,
ocorridos
durante os jogos, existe também o lado de melhor conhecimento dos
diversos campi.
Esses exemplos, unidos ao fato de fazer novas amizades e conhecer
lugares novos praticando esporte, fazem
com que o JUFFS tenha extrema importância para os acadêmicos de
Cerro Largo.
Subindo
no mapa, saímos do Rio Grande
direto para o Paraná, mais precisamente para a cidade-sede.
Representando o campus Realeza, Paloma Tomazi, do curso de Medicina
Veterinária, falou ao Comunica. Nessa edição do JUFFS ,ela jogou
futebol society e participou da corrida rústica. Para ela, existem
dois tipos de estudantes na UFFS, os que participaram de alguma
edição do JUFFS e os que ainda não tiveram essa felicidade, pois,
mal
acaba uma edição e o
pessoal já está contando os dias para chegar a
do próximo ano. A integração entre os campi é o principal
objetivo ao realizarem-se os jogos, é
possível
conhecer pessoas,
fazer amizades, obter conhecimento sobre realidades diferentes, unir
mais os estudantes de cada campus (jogando, torcendo junto, se
emocionando), fazendo
assim
com que os jogos se tornem algo significativo e divertido.
Segundo
a acadêmica, nosso
cotidiano
é cheio de preocupações com os estudos, com
estresse
devido à
grande quantidade de provas e trabalhos a serem feitos no decorrer do
ano, é
importante a ocorrência de algo diferente como os jogos. São alguns
poucos dias que fazem com que fujamos um pouco da nossa realidade
diária e tenhamos contato com algo extremamente recreativo. Apesar
da rivalidade esportiva que há entre os campi, todos participam dos
jogos com um objetivo comum: se divertir!
E
continuando por terras paranaenses, vamos ao último depoimento do
acadêmico de Agronomia Braulio Bosquirolli, jogador de handebol
e representante do Campus
Laranjeiras do Sul. Para
ele o esporte é importante na
vida de um acadêmico, não só como forma de lazer e saúde, mas
também pela integração que promove entre os estudantes,
fortalecendo vínculos de amizade com as pessoas que fazem parte do
seu time, tornando-as verdadeiras famílias.
Ele ainda
diz que estudos já comprovam que a prática esportiva ajuda nos
aspectos fisiológicos, cognitivos, psicoemocionais e sociais, tendo
influência direta na qualidade de vida do estudante e,
consequentemente, no seu desempenho acadêmico. O JUFFS é uma forma
de integração entre os 3 estados que a UFFS abrange, sendo um meio
de conhecer culturas regionais diferentes e novas pessoas dentro e
fora das quadras.
Braulio
finaliza comentando que as disputas nos jogos sempre são bem-vindas
junto com um pouco de rivalidade, tensão e a adrenalina que o
próprio jogo proporciona, causando, em alguns casos, discussões e
provocações entre os atletas e as torcidas, mas nada que não deva
ser resolvido dentro de quadra, tendo a consciência de que isso fica
lá apenas, e não deve ser levado para o convívio “fora das
quatro linhas”.
Com
esses depoimentos pudemos perceber o quanto a atividade dos jogos é
significativa na vida acadêmica, só falamos com 6 dos mais de 800
acadêmicos que se envolveram nesses dias, mas sabemos que todos
voltaram com a bagagem mais cheia desse III JUFFS, seja com
medalha/troféu, amizades, amores e outros valores que só podem ser
construídos com o contato presencial.
Sabendo que
a próxima edição do JUFFS será em Laranjeiras do Sul, o acadêmico
Braulio deixou o recado: E que venha o IV JUFFS promovendo mais
amizades, disputas acirradas, e que vença o melhor!
Fotos retiradas do facebook
Algumas imagens que "movimentaram" o III JUFFS. |
Jéssica parabéns pelo seu Artigo. Ficou ótimo! Abraços!
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