domingo, 3 de novembro de 2013

JOGOS UNIVERSITÁRIOS: “a modalidade que chegou para ficar” na UFFS

Por Jéssica Pauletti (Ciências Biológicas)

Os jogos universitários são praticados há muito tempo nas universidades/faculdades do mundo, é um dos momentos mais aguardados da vida universitária, talvez perca apenas para a formatura, mas não arrisco dizer totalmente. Afinal, a rotina dos livros, cadernos, sala de aula é interrompida por alguns dias de lazer, oportunidade de conhecer outras pessoas, poder conversar de perto com alguém com quem normalmente só falamos pelas redes sociais, é o momento de socializar.
A UFFS, no início de outubro, levou mais de 800 acadêmicos dos seus 6 campi para a cidade-sede, que esse ano foi Realeza/PR, para a III edição do Jogos Universitários da UFFS (JUFFS). Foram muitas modalidades disputadas, tanto em modalidades coletivas como individuais, sendo que cada uma possui especificidades. A cada jogo em quadra, na corrida de rua, na concentração do xadrez, uma emoção diferente. E as torcidas, um espetáculo à parte, com músicas e barulho suficientes para “tremer o adversário” e encantar todos os presentes.

Alguns participantes do Comunica estiveram presentes em diferentes momentos desse JUFFS e nada mais justo do que escrever um texto falando sobre isso. Mas nada de formalidade, pois isso já foi publicado no site da UFFS ou em outros jornais locais. Assim, pedimos a um representante de cada campus para que desse seu depoimento, que falasse sobre os jogos de uma forma geral e como eles se relacionam com a vida acadêmica.
Em cada fala, há algo especial; as palavras descrevem ou expressam o sentimento desses atletas pelos jogos. Vamos destacar o nome do(a) atleta, modalidade de que participou e os depoimentos com nossos comentários.
Para Aron Scapinello Selhorst, acadêmico de Ciência da Computação e jogador de basquete do campus Chapecó (SC), a elaboração de jogos entre os campi trouxe diversas contribuições, como, por exemplo, a oportunidade de conhecer novas pessoas e culturas, fazer novas amizades. Segundo ele, praticar esportes, sejam eles individuais ou coletivos, faz com que tenha uma maior interação com outras pessoas. Além disso, mantém ou melhora o condicionamento físico e mental, diminuindo as chances de lesões no corpo e aumentando a capacidade de raciocínio em diversas atividades.
Com o JUFFS, particularmente na modalidade de basquete, ele percebeu como é importante o trabalho em equipe, o condicionamento físico, o treino técnico e tático da modalidade, os alongamentos antes e depois dos jogos, o cuidado com hidratação, a rivalidade, mas, o mais importante, a vontade de jogar e conseguir ganhar cada jogo, respeitando o próximo, sendo honesto e educado.
Já para a acadêmica Michele Peinhopf, do curso de Arquitetura e Urbanismo, do campus de Erechim (RS), que competiu no xadrez, apesar de muita gente criticar a realização dos jogos universitários, pelos motivos mais diversos, na opinião dela, são durante estes dias de encontro que muito além de apenas praticar um esporte, tem-se a oportunidade de conhecer muita gente nova, e firmar amizades que perpetuam por muito tempo.
Como ela participa do evento desde sua primeira realização, também pode acompanhar as evoluções que o mesmo teve, melhorando muito de lá até aqui. E, além disso, fica claro para todos que o objetivo principal do JUFFS é muito maior que um campus levar ou não o troféu geral para sua cidade, mas sim, integrar e unir diferentes alunos que mais do que ganhar, estão ali para se divertir também. A relação com a vida acadêmica se dá pelo fato de se aprender a competir, se desapegando da ideia de que somente as vitórias contam e que o individual é mais importante que o coletivo; as experiências pessoais que são permitidas a cada um dos que estão ali são memórias que serão levadas para sempre.
Do Rio Grande do Sul também, da cidade de Passo Fundo, quem falou foi o acadêmico de Medicina, Kleber Augusto Gabriel, o qual representou o campus “calouro” no JUFFS, pois é a primeira vez que participa da competição (uma vez que o campus só foi fundado esse ano com a política de expansão da universidade). Ele jogou xadrez e disse que gostou muito da experiência, foi muito bem recebido e acolhido e fez amizades tanto com pessoas da UFFS quanto munícipes de Realeza, com os quais mantém contato até hoje. Relacionando com a vida acadêmica, Gabriel fez do JUFFS um verdadeiro “laboratório ao ar livre”, pois, de maneira informal, ele conversava com diferentes pessoas acerca da vida/saúde, fazendo dessa oportunidade um momento de aprendizado para a sua vivência como futuro médico.
Mais um gaúcho prestou seu depoimento ao Comunica, é o acadêmico de Engenharia Ambiental, Ramone Souza, da cidade Cerro Largo, noroeste do RS. No evento, ele participou como jogador de futsal. Segundo ele o incentivo à prática esportiva é hoje uma das maiores necessidades que a sociedade enfrenta para combater o sedentarismo, a hipertensão e outras doenças relacionadas à falta de exercícios físicos. É nesse sentido que a Universidade Federal da Fronteira Sul realiza anualmente o JUFFS, que são jogos de grande importância para a formação acadêmica e pessoal dos alunos da UFFS. A edição deste ano foi realizada em Realeza – PR e, para mim, foi essencial para o ano letivo, pois além da integração, socialização e lazer, ocorridos durante os jogos, existe também o lado de melhor conhecimento dos diversos campi. Esses exemplos, unidos ao fato de fazer novas amizades e conhecer lugares novos praticando esporte, fazem com que o JUFFS tenha extrema importância para os acadêmicos de Cerro Largo.
Subindo no mapa, saímos do Rio Grande direto para o Paraná, mais precisamente para a cidade-sede. Representando o campus Realeza, Paloma Tomazi, do curso de Medicina Veterinária, falou ao Comunica. Nessa edição do JUFFS ,ela jogou futebol society e participou da corrida rústica. Para ela, existem dois tipos de estudantes na UFFS, os que participaram de alguma edição do JUFFS e os que ainda não tiveram essa felicidade, pois, mal acaba uma edição e o pessoal já está contando os dias para chegar a do próximo ano. A integração entre os campi é o principal objetivo ao realizarem-se os jogos, é possível conhecer pessoas, fazer amizades, obter conhecimento sobre realidades diferentes, unir mais os estudantes de cada campus (jogando, torcendo junto, se emocionando), fazendo assim com que os jogos se tornem algo significativo e divertido.
Segundo a acadêmica, nosso cotidiano é cheio de preocupações com os estudos, com estresse devido à grande quantidade de provas e trabalhos a serem feitos no decorrer do ano, é importante a ocorrência de algo diferente como os jogos. São alguns poucos dias que fazem com que fujamos um pouco da nossa realidade diária e tenhamos contato com algo extremamente recreativo. Apesar da rivalidade esportiva que há entre os campi, todos participam dos jogos com um objetivo comum: se divertir!
E continuando por terras paranaenses, vamos ao último depoimento do acadêmico de Agronomia Braulio Bosquirolli, jogador de handebol e representante do Campus Laranjeiras do Sul. Para ele o esporte é importante na vida de um acadêmico, não só como forma de lazer e saúde, mas também pela integração que promove entre os estudantes, fortalecendo vínculos de amizade com as pessoas que fazem parte do seu time, tornando-as verdadeiras famílias.
Ele ainda diz que estudos já comprovam que a prática esportiva ajuda nos aspectos fisiológicos, cognitivos, psicoemocionais e sociais, tendo influência direta na qualidade de vida do estudante e, consequentemente, no seu desempenho acadêmico. O JUFFS é uma forma de integração entre os 3 estados que a UFFS abrange, sendo um meio de conhecer culturas regionais diferentes e novas pessoas dentro e fora das quadras.
Braulio finaliza comentando que as disputas nos jogos sempre são bem-vindas junto com um pouco de rivalidade, tensão e a adrenalina que o próprio jogo proporciona, causando, em alguns casos, discussões e provocações entre os atletas e as torcidas, mas nada que não deva ser resolvido dentro de quadra, tendo a consciência de que isso fica lá apenas, e não deve ser levado para o convívio “fora das quatro linhas”.
Com esses depoimentos pudemos perceber o quanto a atividade dos jogos é significativa na vida acadêmica, só falamos com 6 dos mais de 800 acadêmicos que se envolveram nesses dias, mas sabemos que todos voltaram com a bagagem mais cheia desse III JUFFS, seja com medalha/troféu, amizades, amores e outros valores que só podem ser construídos com o contato presencial.
Sabendo que a próxima edição do JUFFS será em Laranjeiras do Sul, o acadêmico Braulio deixou o recado: E que venha o IV JUFFS promovendo mais amizades, disputas acirradas, e que vença o melhor!

Fotos retiradas do facebook





Algumas imagens que "movimentaram" o III JUFFS.


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