Acadêmicos
da UFFS saem na frente quando o assunto é combate ao preconceito.
Por
Jéssica Pauletti e Willian Moura
Trabalhar
com questões que envolvem a Aids, tanto na escola quanto em qualquer
outro espaço da sociedade, é desafiador. Por vezes, é um processo
árduo; afinal de contas, com os diferentes avanços médicos no
tratamento das pessoas que apresentam os sintomas provocados pelo
vírus HIV, ainda encontramos em grande escala o preconceito social,
o qual torna a vida das pessoas com Aids bastante conflituosa. Na
perspectiva de mudar isso, movidos pelos trabalhos/estudos
desenvolvidos há anos pela professora Dra. Renata Orlandi, a turma
da 8ª fase do curso de Ciências Biológicas
organizou diferentes atividades com o intuito de promover
o debate sobre esse tema e incentivar a
construção de uma geração que aprenda a lidar com essa realidade
e seja de fato mais cidadã.
As
atividades foram elaboradas durante o
componente curricular Saúde e Educação Sexual, em que a turma e a
professora planejaram o que seria feito para o dia 03 de dezembro, em
alusão ao dia 01 de dezembro, mundialmente conhecido como “Dia
Internacional da Luta Contra a Aids”. Foram confeccionadas
caixinhas contendo algumas frases curtas como: “divirta-se”,
“envolva-se”, “me curte”. Dentro destas caixas, foram
colocados preservativos masculinos e femininos e as frases tinham o
intuito de despertar a curiosidade e, também, a aquisição das
camisinhas pela comunidade da UFFS.
Foram
selecionados trechos de diferentes filmes que trabalham com a
temática do HIV e da Aids e, em parceria com o projeto Cinedebate,
eles foram exibidos no auditório da
UFFS. Em cada pausa nos trechos dos filmes, eram debatidos e
sistematizados os acontecimentos das cenas. A professora Renata
conduzia a discussão trazendo várias informações para os que ali
estavam presentes que, em sua grande
maioria, foram os acadêmicos da UFFS e de alguns colégios do
município, com maior presença dos alunos da Casa Familiar Rural de
Realeza.
Maiara Vissoto
No
intervalo desse dia, foram cantadas músicas homenageando Cazuza e
Renato Russo, personagens que morreram por causa da Aids. Ademais, a
turma apresentou um flash mob com
canções de artistas que também tiveram alguma relação com essa
doença.
No
sábado, 07 de dezembro, houve também um Cinedebate em alusão ao
dia da Luta Contra a Aids. O projeto, em sua última sessão no ano
de 2013, exibiu o filme “Filadélfia”, um filme que, ao ser
lançado, no ano de 1993, foi uma quebra de tabus em alguns aspectos
sociais como: orientação sexual, homofobia, racismo, Aids e HIV,
alguns destes que estavam no auge dos preconceitos em meados da
década de 1990. Após a exibição do filme, o debate foi realizado
pela professora Renata em parceria com o professor Emerson Martins,
os quais ajudaram para que o público compreendesse e descobrisse um
pouco mais sobre determinados assuntos que foram expostos no decorrer
da obra.
Luciana Vinhas
É
importante destacar que, em todo esse
trabalho, nota-se que há muito o que se fazer, e,
infelizmente, é preciso começar isso de dentro dos muros da
universidade. Este local, que às vezes
se diz tão sábio, ainda não possui a visão da sabedoria da não
discriminação ao outro, ainda mais se tratando da Aids.
A jornada apenas começou e não
pode parar.
Adorei a reportagem!!! Vocês estão de parabéns!!
ResponderExcluirFalar de combate ao preconceito e do estabelecimento de relações de alteridade, de alguma maneira é também falar de amor.
"Lição primeira e única - amar não é coisa para amador".
(Millôr Fernandes)
Excelente site
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