PIBID
de Química da UFFS, Campus Realeza, realiza viagem de visita à
NECTO
Por
Vanessa Pagno (Química/ UFFS)
Arquivo
pessoal do PIBID de Química
Acadêmicos
e coordenadores do PIBID - subprojeto de Química, com professores da
UNIOESTE
|
O
Comunica entrevistou os coordenadores do Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto de Química da
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus
Realeza, Professor Ms. Bruno dos Santos Pastoriza e Dr. Jackson
Cacciamani. Falamos também com a acadêmica bolsista do projeto,
Maiara Fantinelli, da 9ª fase do Curso de Licenciatura em Química.
Os professores e a acadêmica falaram da viagem de interação do
projeto PIBID de Química com professores da Universidade do Oeste do
Paraná (UNIOESTE), Campus
Toledo - Paraná, realizada no mês de maio.
O
projeto PIBID de Química
Comunica:
Quais são os bolsistas e supervisores do PIBID subprojeto de
Química? Todos foram nesta viagem à UNIOESTE?
Professores
Bruno e Jackson:
Acadêmicos: Alexandra Aparecida do Amaral (7ª fase), Aline
Bonfanti (9ª fase), Cleiton José Paz (9ª fase), Dioni Angelin (9º
fase), Edson Frozza (9ª fase), Fernanda Cássia Baú Morgan (9ª
fase), Giseli Aparecida Trevisan (9ª fase), Gleiciéli Steinke (9ª
fase), Maiara Fantinelli (9ª fase) e Mayara Cristina Mombach (5ª
fase). Professores supervisores: Miro Alfonso Klinger e Rosane
Aparecida Bettin Baldissera. Todos foram na viagem.
Comunica:
Quais são os objetivos do PIBID de Química?
Professores
Bruno e Jackson:
Realizar uma profunda articulação de parceria entre escola e
universidade para pensar, produzir e qualificar a formação de
professores – dos que já são professores, como nós e os
supervisores, e dos que virão a ser [acadêmicos]. Isso se mostra
possível na constituição de um espaço-tempo de formação,
conversa, partilha.
Comunica:
Em quais escolas o projeto atua?
Professores
Bruno e Jackson:
Na escola Estadual Guilherme de Almeida, em Santa Izabel do Oeste, e
na Escola Estadual Doze de Novembro, em Realeza.
Comunica:
Quais são as atividades desenvolvidas no projeto?
Professores
Bruno e Jackson:
Temos desenvolvido uma parceria em sala de aula com os professores,
ao mesmo tempo em que temos trabalhado com projetos e atividades no
período contrário às aulas, tanto no período matutino, quanto
vespertino.
Sobre
a viagem à UNIOESTE
Comunica:
Quais foram os objetivos desta viagem de estudos à UNIOESTE e qual a
sua importância para os integrantes do PIBID de Química?
Professores
Bruno e Jackson:
O
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) é
um espaço e um tempo de formação de professores que agrega
licenciandos, professores das escolas de Educação Básica e
professores da Universidade, sendo que no subprojeto de Química
Licenciatura propusemos coletivamente uma articulação com outras
universidades, no intuito de potencializarmos o trabalho, de forma
muito mais colaborativa. Nesse sentido, as nossas colegas professoras
da Universidade do Oeste do Paraná (UNIOESTE) – Campus Toledo
(PR), nos convidaram para partilharmos experiências vividas no
espaço do PIBID, bem como conversarmos com o professor Francisco
Galindo, da Universitat
Jaume I,
de Castellón (Espanha).
A
relação de coleguismo, afetividade e de trabalho estabelecida com o
grupo de licenciandos e professores da UNIOESTE foi muito especial,
produtora de sentidos! É muito interessante (re)conhecer as
diferentes propostas de formação de professores dos projetos
institucionais e subprojetos do PIBID, uma vez que atendem aos
diferentes contextos e realidades. Por isso, esse programa é
especial demais! A narrativa, a música, o teatro, os jogos
didáticos, as metodologias de ensinar e de aprender contribuem no
sentido de nos constituirmos professores coletivamente.
Acrescentando
grandes contribuições a esse encontro, a conversa com o professor
Galindo pôde nos trazer um cenário de formação e
profissionalização no Ensino Superior no contexto europeu. Com ele,
pudemos ter noções acerca, principalmente, da formação em química
e sua ação no ensino de nível Médio e Superior. Entendemos que
contatos como o que tivemos com o professor Galindo potencializem as
articulações com outras instituições (dentro e fora do país) e,
assim, estabeleçam uma relação de cooperação em pesquisas,
aprendizagens e partilha de experiências. Além disso, esperamos
desenvolver em nossos estudantes um conhecimento de outras políticas
de formação e, em certo sentido, evidenciar o privilégio que é
estudar num país como o nosso que, diferentemente de outros modelos,
tem apresentado uma constante preocupação com a formação de
docentes, com o ensino público e com a qualidade de todo esse
processo.
Comunica:
Para você, Maiara, como foi a viagem de estudos do PIBID de Química?
Atendeu às suas expectativas?
Acadêmica
Maiara:
A visita à UNIOESTE de Toledo, especialmente ao NECTO (Núcleo de
Ensino de Ciências), foi sensacional, pois rever os amigos e
conhecer novos colegas da área, assim como partilhar as experiências
vivenciadas é sempre animador e nos impulsiona a querer sempre fazer
estas viagens. Espero que outras oportunidades como esta que tivemos
vire rotina em nosso Curso.
Comunica:
Quais atividades foram desenvolvidas durante este evento?
Acadêmica
Maiara:
Durante conversa com o PIBID de Química, eles [integrantes da NECTO]
nos mostraram os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos neste e em
outros projetos que se inserem no NECTO. Dentro do próprio espaço
do NECTO, eles criaram uma tabela periódica com caixas de leite, e
em cada face do quadrado que corresponde a cada elemento químico
existem diferentes informações referentes a ele
(eletronegatividade, onde se encontra, estado em que se apresenta
etc). Desta forma, a tabela periódica não necessita ser organizada
pelo número atômico, mas por outras propriedades periódicas. Uma
ideia muito bacana, assim como a proposta de trabalhar a tabela
periódica com alunos cegos. Quem participa deste projeto desenvolve
ali mesmo na UNIOESTE a resina que recebe o sistema braille. Este
tipo de trabalho com alunos cegos e também com surdos é pouco
investigado na área da Educação Química e a produção do
material didático é um movimento interessante que contribui na
elaboração, pelos professores, de seus próprios materiais. Durante
a tarde também conversamos com o professor da Espanha, Francisco
Galindo, o que foi muito interessante. Conhecemos a realidade dos
cursos de formação de professores daquele país acerca dos custos,
forma de entrada no curso, grade curricular. No período da noite, o
professor espanhol proferiu palestra a respeito do uso da cor na
Química, o que me fez pensar que a Química não é só visual, ela
vai além das cores, da liberação de bolhas de gases, daquilo que
enxergamos.
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