segunda-feira, 30 de junho de 2014

Clínica Escola de Nutrição da UFFS como local de estágio e projetos de extensão

Por Yana Cristina de Barba (UFFS/ Nutrição)

      O curso de graduação de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) tem três áreas fundamentais de estágio, que perfazem o período de um ano. As áreas de estágio dividem-se em “Alimentação Coletiva”, que é desenvolvido em unidades produtoras de refeições, industriais, comerciais ou filantrópicas; “Nutrição Social”, desenvolvido em escolas de ensino fundamental e ensino médio, centros de educação infantil e em unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família e/ou instituições filantrópicas, e “Nutrição Clínica”, desenvolvida na Clínica Escola (ambulatorial) e em hospitais (hospitalar).  Dessa forma, a Clínica Escola de Nutrição de Realeza foi criada com o objetivo de oferecer o local de estágio obrigatório da área clínica ambulatorial necessária para o curso de nutrição. 

A coordenadora da Clínica Escola da UFFS, professora doutora Márcia Fernandes Nishiyama, explica que todos os alunos da nona fase atuam na clínica: “os alunos obrigatoriamente fazem um rodízio de estágio, que dura cerca de um mês e meio aproximadamente em cada área especifica do curso de nutrição, assim, todos os alunos devem passar pela Clínica Escola”. A professora também frisa que, para o cumprimento do estágio referente à área hospitalar, os alunos necessitam deslocar-se até o Hospital Universitário de Cascavel, pois o campus de Realeza não possui um hospital de média ou alta complexidade.

Além de integrar alunos de estágio, a Clínica também serve como local para outras cinco alunas desenvolverem o Projeto de Extensão “Atenção Nutricional aos Indivíduos e Grupos Atendidos na Clínica Escola de Nutrição da UFFS”. Esse projeto é direcionado principalmente para acadêmicos da sétima fase do curso, mas todos os alunos da graduação de nutrição podem participar como voluntários nesse convívio prático, dependendo do seu interesse e empenho. Na Clínica Escola, os alunos do projeto desenvolvem materiais educativos, treinam o conhecimento de avaliação nutricional e os conhecimentos do componente curricular, como nutrição clínica, dietoterapia, entre outros. De acordo com a professora Márcia, “esse é o momento em que o aluno percebe a maneira de utilizar o conhecimento adquirido em sala de aula, pois, ao mesmo tempo em que o utiliza, o educando pratica a atividade de estender esse benefício para a população que nos procura”.

Arquivo pessoal
Coordenadora  da Clínica Escola de Nutrição da UFFS, professora doutora Márcia Nishiyama.



       Em entrevista ao Comunica, Caroline Morosini, acadêmica da sétima fase de nutrição e voluntária do projeto de extensão já mencionado, descreve sobre sua atuação na Clínica Escola, onde realiza uma anamnese detalhada, fazendo a avaliação antropométrica, na qual são medidas a circunferência da cintura, do quadril, o peso e a altura. Após isso, agenda-se a entrega do plano nutricional prescrito especificamente para a pessoa, dependendo das suas necessidades e marca-se o retorno para o paciente sanar suas dúvidas. Caroline explica que “a primeira consulta, por ser mais detalhada, dura em média uma hora, e o paciente retorna logo na próxima semana para receber o plano nutricional. Entretanto, enquanto o paciente segue a dieta, os retornos vão se tornando mais espaçados, conforme sua própria recuperação nutricional”. Questionada sobre o que ela considerava mais importante nesse convívio, ela salienta que “a experiência adquirida e a oportunidade de ajudar a população que não tem condições de pagar uma consulta nutricional são os aspectos mais valorizados por ela no curto período de tempo em que participa do projeto”. 
Sobre o futuro da Clínica Escola, a coordenadora Márcia Nishiyama ressalta que está elaborando um material estatístico para se ter uma ideia de quantas pessoas foram atendidas desde o início do funcionamento da clínica, que se deu no dia 17 de março desse ano. Nesse material, deve também constar o perfil dos pacientes, isso é, a quantidade de homens, mulheres, idosos, crianças e gestantes que procuraram ajuda na clínica e, ainda, as patologias mais comuns. Márcia adianta ao Comunica que há mais procura de pacientes com casos de excesso de peso associado com o aumento do colesterol, aumento do triglicerídeo, diabetes, alergia alimentar e doenças do fígado. Tendo este levantamento, ela pretende implantar grupos de apoio contra obesidade infantil, obesidade na adolescência, diabetes, gestantes, entre outros. 
A coordenadora da Clínica também comenta que, além do projeto já em execução, há outro projeto a ser desenvolvido no espaço da Clínica Escola de Nutrição aguardando a aprovação, e que mesmo não sendo aceito para a participação de bolsista, será realizado com voluntários. Dessa forma, tanto os estágios quanto os projetos de extensão desenvolvidos na Clínica Escola são uma oportunidade para o acadêmico integrar o seu currículo, colocando em prática os aspectos que fundamentam a atuação profissional voltada para a área de clínica ambulatorial, constituindo-se um momento para o acadêmico enriquecer sua formação e aproximar-se da realidade da sua profissão.

Yana de Barba
Clínica Escola de Nutrição de Realeza



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