Por José
Demarchi (Medicina Veterinária)
Muitas
pessoas falam sobre o autista como se conhecessem com propriedade
essa síndrome comportamental. Além de afetar a comunicação o
autismo pode ocasionar até retardo mental. Porém, existem vários
fatores que se devem conhecer antes de dizer que autismo não é algo
relevante, pois o preconceito é eminente, isto é, demonstram menos
importância para essa doença.
Em uma
leitura leiga da síndrome, pode-se dizer que indivíduos assim vivem
em seu próprio “mundo” e que interagem apenas no mundo
particular que criaram; mas isto não é
verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu
canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela
necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque
vive em seu mundo. Pode ser que essa criança simplesmente tenha
dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente algum tipo de
interação.
Outro
exemplo claro de que os sujeitos diagnosticados autistas
apresentam capacidades de manter intacto sua inteligência e entre
outros fatores, é o caso do jovem estadunidense Jacob Barnett, que
aos dois anos de idade foi diagnosticado com autismo, e o prognóstico
era ruim: especialistas disseram à sua mãe que ele provavelmente
não conseguiria aprender a ler ou sequer a amarrar seus sapatos. Mas
Jacob acabou indo muito além. Aos 14 anos, o adolescente estuda para
obter seu mestrado em física quântica, e
seus trabalhos em astrofísica foram vistos por um acadêmico da
Universidade de Princeton como potenciais para o recebimento do
prêmio Nobel.
Segundo
pesquisa realizada em 2006 pelo Center of Disease Control and
Prevention (CDC - Centro de Controle e Prevenção de Doenças), nos
Estados Unidos, 1 em cada 110 crianças de
oito anos de idade, preenchem critérios para serem consideradas
autistas. A incidência da síndrome se caracteriza mais comum em
meninos, sendo 1 caso em cada 70 indivíduos.
No gênero feminino, a incidência é de 1 para 315, o que
representa uma proporção de 4 a 5 meninos para 1 menina. No
Brasil, estima-se que existam em torno de 570 mil pessoas com
autismo.
Além disso,
estima-se que possa haver uma cura para essa síndrome, se de fato
isso ocorrer será uma grande evolução para a ciência. Contudo,
algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e a
fala intacta, passando às vezes despercebido que possuem essa
disfunção do desenvolvimento.
Em termos
educacionais, cabe ressaltar algumas medidas para melhor compreender
e atender as crianças diagnosticadas autistas. Primeiramente,
devem-se tomar providências adequadas para melhor compreender essa
síndrome, por exemplo, escolas mais equipadas, profissionais
preparados para atender essa demanda... visto que há estudos em
andamento sobre isso, ate mesmo na busca da sua cura. Segundo, e mais
importante, superar a concepção de
que eles são inferiores e em seu lugar promover a cultura do
respeito à diversidade, o que se torna possível por meio de maiores
informações a respeito do autismo, justamente ao contrário, são
pessoas que possuem autismo, nada além disso. Portanto, sem
preconceitos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário