Por
José Demarchi (Medicina Veterinária/UFFS)
Já
cursando a terceira fase de medicina veterinária, na Universidade
Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza, pude
notar algumas historias, de seu sonho. Admirável tal atitude, visto
que não é qualquer pessoa que assume a responsabilidade de ir para
um lugar desconhecido (Realeza – PR), tendo como motivação apenas
o desejo de retornar com a missão cumprida, ou seja, graduado.
Pegar
suas roupas e enfiar numa mala, viajar horas, deixar de lado a
mordomia da casa dos pais, café na mesa, cama arrumada, roupa limpa,
para vir à uma cidade pacata em busca de uma formação acadêmica?
Para muitos, isso parece impensável, mas quando trata-se de um
objetivo de vida, isso não passa de mero detalhe. E, claro, em torno
disso rola uma sensação de “independência”, morar sozinho,
fazer sua própria comida, lavar sua própria roupa, e assim por
diante. Porém, de certa forma, isso pode representar uma ilusão, a
verdadeira independência acontece mesmo depois de formado, quando já
de posse de um emprego garantido, gerindo o seu próprio sustento.
Todavia, para algumas pessoas isso também parece tão utópico
quanto realizar um sonho de concluir uma graduação no curso tão
almejado.
Contudo admiro aqueles que vieram
de longe (aos de perto também), coloca muita coisa em risco,
dedicam-se para conseguir as notas, passam meses longe da família,
tudo em busca de um sonho, uma meta a ser almejada, esses sim, são
pessoas admiráveis! Parabéns! Em compensação, em relação
aqueles que “passam o tempo”, só lamento. No futuro próximo
perceberão a perda de tempo e o desperdício de uma oportunidade que
poderia representar o grande sonho de suas vidas. Baladas, matação
de aula, farra... um verdadeiro período de férias prolongadas... à
vocês, sinto muito, independentes tão cedo, isso não verão, desse
jeito, jamé!
E
por fim, aos que realmente amam a Medicina Veterinária, isso é
apenas o começo, desafios sempre surgirão em nossas vidas e isso se
aplica a vários setores de nossa vida, sempre almejamos algo fora de
nosso alcance, exigindo de nós maior dedicação, motivação e
força de vontade, afinal, vir de longe ou de perto e dedicar-se por
cinco anos e meio (ou mais) a fio só pode significar amor pela
profissão.